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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vídeo

Em certo dia de novembro no boteco...
Feliz 2009!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A origem e o fim da reeleição

A reeleição foi aprovada pelo Congresso Nacional em 1997. Na época, os ex-deputados pelo Acre Chicão Brigido e Osmir Lima foram acusados e, mais tarde, inocentados da acusação de ter vendido o voto a favor da emenda que garantiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Portanto, o instituto da reeleição já nasceu devido ao oportunismo de um governo que se mantia em alta fazendo populismo cambial. Em 1998 estourou a crise, mas aí já estavam garantidos outros quatro anos para FHC.

Passados dez anos, em 2008, na eleição municipal, 66% dos prefeitos conseguiram se reeleger. Nos últimos dois pleitos municipais esse índice ficou em 58%. Os dados são do instituto Congresso em Foco.

Hoje, no meio político, já se fala que somente com muita incompetência um prefeito não consegue se reeleger. Está certo o deputado João Paulo Cunha quando diz que “hoje, um prefeito toma posse já pensando na reeleição”. 

Se em uma democracia madura os eleitores devem votar em projetos, não em nomes, é natural que se tenha uma alternância maior de poder. Um eleitor satisfeito com o trabalho do Executivo pode votar pela continuidade de um programa de governo, não necessariamente com o mesmo nome à frente do projeto.

Por isso, são benéficas as propostas da reforma política que tramita na Câmara dos Deputados, com o fim da reeleição e expansão dos mandatos para cinco anos.

Entre as mudanças estaria também o voto facultativo, porém com menor aceitação entre os políticos. Talvez ainda não estejamos preparados para isso. Os índices de abstenção da mais recente eleição mostram que, mesmo obrigados, muitos cidadãos não foram às urnas.

Publicado originalmente no jornal Visão Oeste.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O meu 2 de dezembro

Mesmo o blog sendo menos lido, devido as minhas raras atualizações, fui cobrado por um post ontem, no Dia Nacional do Samba. 

Como todos sabem, várias coisas aconteceram para comemorar a data, com destaque para o Samba do Trem, no Rio de Janeiro. Aqui em Sampa também já existe o mesmo samba, mas foi no domingo, dia 30. Não fui porque teve jogo do São Paulo!
Ontem fui conferir pela segunda vez o "Pagode de Mesa" Na Palma da Mão (alô Daniel da Cuíca), lá no Vila do Samba. A roda é liderada por Luizinho SP e o objetivo é reviver o antigo pagode do Alpendre (década de 90).
Foi a sétima semana do pagode, se não me engano. E como tá cheio. No repertório muito Fundo de Quintal (das antigas), Zeca, alguns sambas mais antigos. A única diferença em relação a roda que faziam antes é o uso dos microfones. Mas não tem jeito, o lugar é grande e o público não sabe cantar todas as músicas, não daria pra levar só no gogó.
Agora, muita gente vai ficar com sono nas quartas-feiras. Porque lá a gente até esquece que é terça-feira. Já até cantaram que "lá a terça-feira é mais feliz...é lá que o samba foi morar".

Ponto negativo pra uma confusão que aconteceu. E envolveu gente importante do samba de SP. Se liga rapaziada!! 
As fotos do antigo Pagode do Alpendre, como essa aí, podem ser vistas aqui. Estão bem legais.

Pra finalizar, sexta tem Grupo Reduto lá mesmo, no Vila do Samba.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mario Sergio saiu

O vocalista principal do grupo Fundo de Quintal mudou e eu nem fiquei sabendo. Descobri ontem, pelo orkut.
Mario Sergio é mais um que deixa o grupo. Portanto, da formação inicial restam Sereno, Bira e Ubirany. Quem entra é Flavinho Silva, ex-grupo 100%.
Há tempos parei de acompanhar o FDQ, como já escrevi neste blog as últimas apresentações que vi (na TV ou em shows) foram muito ruins. O último DVD que assisti, "Quintal do Samba" também não é lá essas coisas, principalmente as músicas inéditas.

Estou curioso para saber como será a era pós-Mario Sergio. Mas confesso que não espero muito. Em uma pergunta rápida feita para aquele amigo meu que sabe tudo, o Google, descobri algumas das composições do novo cavaquinista do Fundo. "Não tá nem aí", "Papo de samba"; mais recentemente, "Pegar pelo pé" e "Ela só quer saber de sambar", todas essas em parceria com Moisés Santiago e Carlos Caetano. Além de "Fé em Deus", gravada por Diogo Nogueira.

Ou seja, provavelmente vamos ter de continuar a ouvir os discos antigos do grupo. Quanto ao Mario Sergio, improvável eu comprar um CD dele solo.
Foto: Quem lembra do Grupo 100%?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Candeia

O livro-biografia "Candeia - Luz da Inspiração", de João Baptista Vargens, será relançado no dia 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba. 
Segundo li no jornal O Dia, o livro virá acompanhado de um CD com gravações inéditas de Candeia! Com parceiros como Casquinha, Wilson Moreira, Monarco e Paulinho da Viola, entre outros. Parece imperdível e vem para lembrar os 30 anos do compositor portelense.

domingo, 16 de novembro de 2008

Baile no Maracanã

Aproveito a oportunidade dos 5 a 2 que o Mengão 'meteu' no Palmeiras para postar esse vídeo do Grupo Reduto. Gravei no último sábado (dia 15) no bar Camará, na Vila Madalena, onde eles tocam todo fim de semana à tarde.

A primeira música no vídeo é "Samba Rubro Negro", do Wilson Batista. O pout-pourri tem ainda "Se você jurar", "Se você sair chorando" e ainda peguei uma parte de "Cantar para não chorar".

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sim podemos!


No próximo dia 20 de novembro, comemoraremos o dia da consciência negra, feriado, não em todo o país, mas em alguns municípios. É dia de relembrar a morte de um grande líder, Zumbi dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695 na luta pela liberdade dos negros.

Para muitos é um feriado sem razão, mas mesmo assim comemoram e aproveitam a data para descansar ou viajar. Afinal é feriado e não querem saber quem é o defunto, querem é chorar.

Dia 2 de novembro, dia de finados, outro feriado, e o inglês Lewis Hamilton tornou-se o primeiro piloto negro a ser campeão da principal categoria do automobilismo, a Fórmula 1. Dia 4 de novembro, dia das eleições no principal país do mundo, os Estados Unidos, quase feriado, pois todos os olhos se voltaram para tal acontecimento.

Na disputa pela cadeira da Casa Branca, John Mccain, republicano, e Barack Obama, o símbolo da mudança, candidato democrata, filho de mãe branca e de pai negro. Com a maioria dos votos dos principais estados norte-americanos e apoiado pelos negros que totalizam quase 12 % da população daquele país, Obama tornou-se o primeiro presidente negro da maior potência mundial. Para muitos, nada demais.

Este texto não tem a intenção de diferenciar estes cidadãos que chegaram a seus objetivos através de muito esforço e dedicação por serem negros. Minha única intenção é relembrar e celebrar cidadãos negros, que driblaram qualquer tipo de dificuldade, eu disse qualquer tipo, não só a do preconceito, e chegaram ao seu devido lugar, sem se sentirem diferentes ou inferiores por terem a pele mais escura.

Na atualidade temos Obama e Hamilton, mas se formos um pouco mais atrás, lembraremos de quem chegou ao topo e não só fez seu papel com competência, mas se tornou o melhor naquilo que fez.

O maior guitarrista de todos os tempos, Jimi Hendrix, o maior jogador de golfe, Tiger Woods, o Rei do futebol, Edson Arantes do Nascimento (Pelé), o maior jogador de basquete, Michael Jordan. Isso sem citar, Nelson Mandela, Martin Luther King, Malcom X, Ray Charles, Mike Tyson e Muhammad Ali o rei do Boxe, e outros que se formos citar não caberá neste texto.

Concluo este pensamento na esperança que Obama não represente apenas a mudança na política mundial, mas principalmente no modo de pensar do povo que sempre lutou pela sua liberdade, mas até hoje se acomoda com a diferença que muitas vezes lhe é imposta.

Quando todos pensarem que você não é nada demais, assim como os citados acima, mostre, lute e nunca esqueça a frase que Obama ao ser eleito disse para todos:

Sim Podemos!!!!

 NEGRO ACORDA É HORA DE ACORDAR, NÃO NEGUE A RAÇA, TORNE TODA MANHÃ DIA DE GRAÇA, NEGRO NÃO SE HUMILHE, NEM HUMILHE A NINGUÉM, TODAS AS RAÇAS JÁ FORAM ESCRAVAS TAMBÉM

“Antonio Candeia Filho”  

Texto de Tiago Trindade Rodrigues, 23 anos, negro, publicitário, sambista, escritor e compositor nas horas vagas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Zeca impagável

Em 1995 o Zeca Pagodinho deu ao Jô Soares (ainda no SBT) a sua entrevista mais engraçada. Está dividida em três vídeos.

Na última parte ele conta com humor como perdeu parte do dedo. É de morrer de rir!






segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Vídeo

Mais um vídeo que gravei neste sábado.

Grupo Reduto toca João Nogueira. Cantando Charles, vulgo Pagodinho.


Música do Reduto

Música do Grupo Reduto que ouvi na bar Camará (rua Luiz Murat, Vila Madalena) onde eles estão tocando aos sábados.

Gostei muito da música, que ficou na minha cabeça.
Abaixo o vídeo com um trechinho. Espero gravar inteira na próxima vez.

Lhe deixarei
Tiago Trindade/Daniel
Lhe Deixarei
Pode ter certeza meu amor
Já peguei o disco do Paulinho
Já guardei o meu violão
Agora não adianta você chorar
Vou pra nunca mais voltar
 
O que você fez não se faz
Roubou minha calma
Tirou minha paz
Tratastes com desdém quem lhe amava
Não cumpristes sua palavra
Foi tamanha ingratidão

Deixo para ti a mobília e o fogão
Só quero o disco do Paulinho e o violão


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Serra dos meus sonhos


Sábado último tive a oportunidade de conferir uma apresentação da Velha Guarda do (meu querido) Império Serrano. Foi na feijoada da Rosas de Ouro.

Realmente o único ponto negativo foi o público escasso. Não sei como costumam ser as feijoadas na Rosas. Também não sei se houve alguma divulgação do evento. Eu mesmo só fiquei sabendo porque um amigo imperiano de fé aproveitou e comemorou o seu aniversário lá mesmo.

Quando a Velha Guarda subiu ao palco desabou a chuva sobre o telhado de zinco da quadra, o que atrapalhou um pouco. Até porque as goteiras não eram poucas, inclusive em cima do palco! (Alô diretoria, vamos consertar isso)

Mas felizmente durou pouco e o resto da apresentação foi só alegria. Sem palavras para descrever esses monstros sagrados do samba. O repertório foi basicamente o do CD "Um  show de velha guarda", da Biscoito Fino, além é claro de alguns sambas-enredo históricos da Serrinha: Heróis da Liberdade e Aquarela Brasileira.

A Velha Guarda do Império não tem a mídia de outras, principalmente da Portela, mas não deve nada a nenhuma. 

REDUTO

Por estar na Rosas de Ouro não pude conferir a estréia do Grupo Reduto no bar Camará (rua Luis Murat - Vila Madalena).
Próximo sábado não pretendo perder de novo. Quem já ouviu sabe da qualidade! Não deixem de prestigiar. 
Custa R$ 10 homem e R$ 7 mulher.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Sobre varas

Tem certas coisas que parece que só acontecem com os brasileiros na Olimpíada. A vara perdida da Fabiana Murer é uma coisa inacreditável e parece que simboliza as decepções que a delegação brasileira tem nos proporcionado até aqui.

A cada Olimpíada o que se vê é a real situação do esporte brasileiro, com investimento escasso na formação de treinadores, em infra-estrutura e pouco incentivo aos jovens atletas. A ginástica, por exemplo, formou uma boa equipe, mas que - ao que se vê - não vai dar frutos. Ou seja, em Londres (2016) podemos esperar um desempenho ainda pior do que o de Pequim.

Outro esporte nobre dos jogos olímpicos, a natação brasileira vive de alguns nomes que aparecem bem mais por seu esforço pessoal do que por uma política de formação de atletas de alto rendimento. O campeão olímpico dos 50m nado livre, César Cielo começou seus treinamentos no Pinheiros, em São Paulo. Mas precisou ir aos EUA para realmente virar um campeão.

O problema é que o Brasil é um país de um esporte só. Um amigo meu amante do ciclismo dizia: "O Globo Esporte devia se chamar Globo Futebol". Ele reclamava da imprensa esportiva que mal fala de outros esportes a não ser na época das Olimpíadas. E, pior. Faz festa com as medalhas de ouro ganhas nos Pan-americanos, onde o nível é infinitamente menor.

Se o Rio de Janeiro conseguir um dia sediar uma Olimpíada, espero que as instalações construídas sirvam para incentivar o esporte no país. Se a China já é uma potência olímpica, imagina agora que terá toda essa estrutura à disposição.

OBS.: Só para não ser totalmente carrancudo. ESTAMOS À FRENTE DA ARGENTINA NO QUADRO DE MEDALHAS HAHAHAHAHAH ELES SÓ TÊM UMA MEDALHA DE BRONZE KKKKK

E falando de samba. Parabéns ao pessoal do Samba da Feira (o da zona norte de SP) que completou um ano neste domingo. Infelizmente não pude comparecer.
O Samba da Feira acontece todo terceiro domingo do mês na avenida Eulina, na Vila Santa Maria, zona norte.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Samba e política

Época de eleições municipais e o que mais se ouve pelas ruas são os famosos jingles dos candidatos.
É curioso notar que os "marketeiros" buscam sempre os ritmos que mais agradam à população local. Aqui em Osasco, onde trabalho, o forró ganha disparado. E não é que as musiquinhas ficam na cabeça mesmo?
Mas justamente na frente aqui do prédio tem o comitê de um candidato a vereador que optou por um jingle em ritmo de samba. E não gravou com aquele ritmo que toca quando você aperta o botão "samba" no seu teclado. Foi com cavaco e pandeiro mesmo. Já decorei!
Fico imaginando como deve ser no Rio de Janeiro, por exemplo. "Vote no Fulaninho de Tal senão Créeeeeeeeuuuu". Será?

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Samba Social Clube

Esse DVD vai ficar show de bola. Acho que só o Fundo de Quintal pode estragar.

Do jornal O DIA

Feras do samba gravam CD e DVD na Fundição Progresso

Rio - Festa para o samba. Na segunda, uma verdadeira constelação sobe ao palco da casa da Fundição Progresso para gravar o espetáculo 'Samba Social Clube'. Abrindo a noite, Zeca Pagodinho dá uma pausa na gravação de seu novo disco e aparece para interpretar "É preciso muito amor". Beth Carvalho vai interpretar "Amor de Verdade" e "O Bêbado e o Equilibrista", Jorge Aragão cantará "O Mar Serenou" e "Vai Passar" e Leci Brandão dará voz à letra de Guará de 'Sorriso Aberto', e também à canção de João Nogueira, "Do Jeito que o Rei Mandou".

Já o Fundo de Quintal entoará 'Mel e Mamão com Açúcar' e 'O Assassinato do Camarão', a respeitada dupla Monarco e Nelson Sargento, juntos, vão interpretar "Velha Companheira", do primeiro em parceria com Ratinho em homenagem à Mangueira e à Portela. Neste dia, o projeto Samba Social Clube também vai receber Teresa Cristina & Grupo Semente, Casuarina, Sururu na Roda, Sandra de Sá, Moacyr Luz, Lenine, Anna Luisa, Sérgio Loroza, Ana Costa, Sandra de Sá e Nilze Carvalho. Já nesta terça, é a vez da marrom Alcione interpretar "Mormaço" e Luiz Melodia cantar 'Tristeza'. Dudu Nobre subirá ao palco da Fundição para cantar "Mordomia" e "Ninguém Tasca" enquanto o mestre Almir Guineto lembrará o clássico de Zeca Pagodinho e Jorge Aragão "Não sou mais disso".

João Bosco vai interpretar uma clássica composição de Paulinho da Viola, "Tudo se Transformou". Roberta Sá, Diogo Nogueira, Fernanda Abreu, Moyséis Marques e Elza Soares também vão cantar. O show terá direção musical de Paulão 7 Cordas e direção artística de Ricardo Moreira. O CD e DVD serão lançados ainda no segundo semestre deste ano.

Serviço: Gravação do CD e DVD Samba Social Clube Ao Vivo. Segunda e terça. Local: Fundição Progresso – Rua dos Arcos, 24, Lapa. Tel.: (21) 2220-5070. Classificação: 18 anos. Ingressos: 1° lote - R$ 15* / 2° lote - R$ 20* / 3° lote - R$ 25*. Ingressos para estudantes, idosos, quem trouxer 1kg de alimento ou apresentar a filipeta promocional. A casa abre às 20h e o show começa, impreterivelmente, às 21h

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Feijoada do Império Serrano


No último final de semana realizei uma viagem que estava adiando faz tempo. Fui à feijoada do Império Serrano!

É incrível a preocupação que as pessoas expressam quando você fala: "vou para o Rio de Janeiro". E não é para menos né, considerando as notícias que chegam de lá. Eu ainda decidi ir da forma que menos se recomenda. De carro.

Claro que não fiquei rodando por lá, principalmente à noite. Aliás sábado à noite só queria dormir, já que fui andando da estação Irajá do Metro até Madureira (mané total!).

Ao chegar ao hotel na Glória vi na TV instalada no saguão a praia de Copacabana lotada e o Sol maravilhoso. Mas eu não deixaria o samba de lado nunca. Deixei as malas e comecei a longa viagem até a zona norte.

Lá no Império eu não esperava nada demais em termos musicais. Já tinha sido avisado que o repertório das feijoadas era "Cacique". Como não sou "xiita" nem me preocupei. Ouvi Pedrinho da Flor, Adauto Magalha e outros cantarem as músicas manjadas sem ficar chateado.

Pena foi ter visto não a bateria oficial, mas a dos alunos da bateria. Pior foi ficar sabendo depois que a grande bateria do Império, do Mestre Átila, estava aqui em Sampa, na Unidos de Vila Maria. Essas coisas só acontecem comigo mesmo!

Mas foi tudo ótimo. Tirando o ônibus errado que me levou para os confins do Irajá na volta.

Engraçado que hoje acordei com o meu pai gritando: "Você viu o tiroteio no Império Serrano? Mataram um ex-presidente e o mestre-sala". Como conheço a figura fiquei tranquilo e fui ver o que tinha acontecido. Foi isso. E a bruxa está solta por lá, pois outra ex-presidente morreu há poucos dias também.

Parece que a minha presença não levou bons ares para a Serrinha né?

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Samba do Olaria

E como terminei o post anterior falando das comunidades de samba, ou projetos como alguns dizem, é bom registrar o samba redondo que o Samba do Olaria fez na ONG Ação Educativa, no centro de São Paulo, na última sexta-feira.

Gostei do repertório, principalmente quando cantaram os clássicos do meu querido Império Serrano, Menino de 47 (Nilton Campolino/Molequinho) e A Humanidade (Aloísio Machado).

Na harmonia ficou faltando um cavaquinho. Tinha um banjo, um violão e um bandolim. O Samba do Olaria acontece todos os sábados no bairro da Vila Alpina, zona leste.
No dia 1º de agosto quem se apresenta no samba mensal na Ação Educativa é o grupo Terreiro Grande.

O endereço é rua General Jardim, 660. O samba começa às 19h30 e termina cedo.
OBS.: a foto acima foi tirada de celular. Depois coloco uma melhor.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Inflação no samba

Novidade da Vila Madalena, o bairro "arrumadinho" de São Paulo onde diversas tribos musicais se encontram: Quinteto em Branco e Preto todas as quintas-feiras no bar Salve Simpatia.

Essa foi a notícia boa. A ruim é que, segundo amigos me informaram, a entrada custa R$ 20. Como diz um colega de trabalho: "R$20 só pra rir".

Nada contra, afinal o bar é legal. Grande, bem decorado, cerveja boa, ótima localização. O Quinteto não preciso nem falar né?

Porém, o custo realmente pesa para a maioria. Ou seja, da para frequentar, mas não várias vezes por mês como gostaríamos.

É por isso que os tais projetos (samba da feira, pagode da 27, samba da laje, etc) não param de se multiplicar e atraem cada vez mais o público que quer sambar em Sampa sem ter de lavar pratos depois.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Globo esconde partido de Yeda Crusius

Veja só a situação no estado do Rio Grande do Sul.

Foi divulgada na sexta-feira, 6, gravação onde o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) e o chefe da Casa Civil Cézar Bussato (PPS) trocam idéias sobre o financiamento de campanhas. Na conversa os dois falam sobre o uso de dinheiro de estatais, como o Detran, para ajudar na campanha da governadora Yeda Crusius, do PSDB.

A conversa foi divulgada pelo próprio vice-governador e a crise já derrubou cinco secretários. Yeda precisou até criar um "gabinete de transição" para tentar conter a crise em seu governo.

O escândalo só não é maior porque a mandatária em questão não é do PT. Imagina só a repercussão na mídia, caso algum governador petista estivesse sob suspeitas tão graves.

Na reportagem do Jornal Nacional que assisti sobre o assunto uma façanha. Em nenhum momento (nem nas legendas) foi dito que o partido da governadora é o PSDB. No jornal Folha de S. Paulo, até agora nenhuma manchete para o escândalo.

Não da para esquecer que, em 2006, Yeda Crusius foi a queridinha da mídia por derrotar anos e anos da hegemonia petista no Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

A Arena Barueri


De volta a este espaço esquecido para falar sobre o que ouvi sábado na rádio CBN, durante a transmissão do jogo Barueri X Corinthians pela SÉRIE B (SEGUNDONA, HEEHEH) na Arena Barueri.

Pouco antes da partida começar, o locutor e um dos repórteres de campo (infelizmente não lembro o nome de nenhum deles) começam a trocar idéias sobre o novo estádio. Um diz que a Arena é muito bonita (pelo menos a parte já finalizada), mas que foi construída com verba pública e existem outras prioridades, como saúde, habitação, etc.

- É verdade. E aqui do lado tem uma favela e um hospital inacabado, responde o repórter.

O diálogo entre os dois é fruto de uma série de artigos do colega de rádio deles, Juca Kfouri, criticando o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PMDB), por supostamente priorizar o esporte em detrimento de áreas mais importantes.

Quem acompanha de perto a política aqui da região Oeste sabe que a construção da Arena não afetou em nada os demais investimentos da prefeitura. Isso porque o Orçamento de Barueri passa dos R$ 850 milhões por ano, para uma população "pequena" de 273.016 habitantes (segundo o Seade).

Além disso, o hospital foi inaugurado há duas semanas. Antes disso, as demais unidades de saúde da cidade já recebiam pacientes das cidades vizinhas que são meros dormitórios. A mesma coisa acontece com relação às escolas.

Não há grande mérito para o prefeito em relação às obras. Afinal, com a montanha de dinheiro que tem para gastar não existe segredo para fazer um bom governo.

E sábado estive no estádio e o que vi nos arredores não foi nenhuma favela. São casas normais, algumas sem pintura.

Se a Arena tivesse sido construída no Alphaville o problema não existiria.
Juca Kfouri errou no alvo dessa vez. E seus colegas de rádio repetem as críticas sem se informar.

OBS.: A Arena ainda tem duas arquibancadas por fazer, além da cobertura que está prevista no projeto. No total serão 40 mil lugares.
Foto: Eduardo Metroviche/Jornal Visão Oeste

terça-feira, 22 de abril de 2008

O CD novo do Quinteto em Branco e Preto

Foi publicado no blog do Nei Lopes uma resenha do mais novo CD do Quinteto em Branco e Preto, Patrimônio da Humanidade.

Tive a oportunidade de ver o novo show do grupo na choperia do Sesc Pompéia há 2 semanas. Realmente o trabalho está em altíssimo nível, apesar de não ser tão bom quanto o CD anterior, Sentimento Popular.

Mas está ótimo e firma mais ainda o Quinteto como melhor grupo de samba na atualidade.

Segue o texto:

Quinteto retorna fiel às cores do melhor samba

Enquanto o grupo carioca Fundo de Quintal permanece cedendo às duras pressões da indústria fonográfica para gravar redundantes discos ao vivo (com justa ressalva para o belo álbum de inéditas Pela Hora, de 2006), o Quinteto em Branco e Preto colhe os frutos por semear no quintal paulista o gosto pelo melhor samba. Avalizado por Beth Carvalho desde seu primeiro disco, Riqueza do Brasil (2000), o grupo chega ao terceiro CD, Patrimônio da Humanidade, fiel às cores do melhor samba. É o primeiro álbum do Quinteto em seis anos - e o sucessor de Sentimento Popular (2002) vai fazer jus à expectativa criada pelos admiradores dos sambistas, oriundos da periferia de São Paulo (SP). O padrão de qualidade do grupo é mantido em sambas como o melódico Mananciais - trunfo do CD.

Seja nos sambas românticos de tom dolente que nunca resvala na banalidade do pagode sentimental (Desejo, Coisas do Coração, Meu Pranto), seja nos sambas de balanço mais buliçoso (Cabrochinha é uma delícia), os principais compositores do grupo - Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira - mostram que estão entre os melhores criadores do gênero. No repertório quase todo inédito de Patrimônio da Humanidade, há belos sambas da dupla - como a faixa-título, que alude ao fato de o samba de roda da Bahia ter sido eleito patrimônio nacional pela Unesco. Fora da lavra de Magnu e Maurílio, há partidos de altíssimo quilate como Brisa da Colina e Carrapato Deu no Boi, unidos em contagiante medley. Outro destaque é Prisão Especial, parceria de Nei Lopes com o violonista e vocalista do quinteto, Everson Pessoa. Na sarcástica letra, a melhor do CD, o sempre afiado Nei Lopes alfineta o preconceito que ainda envolve os sambistas face às empresas e autoridades. Tema recorrente em Elemento Suspeito, que toca na ferida do racismo ao falar do preconceito sofrido pelos negros que moram em morros e favelas - com direito a efeitos sonoros. Enfim, Patrimônio da Humanidade é um grande disco de samba. Somente os preconceituosos e os cariocas bairristas vão fechar os ouvidos para a beleza do repertório gravado pelo Quinteto em Branco e Preto - ele próprio um patrimônio do samba. E do Brasil.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Ótima opção para sábado à noite

Repercussão da morte de Mestre Louro

Do "O Dia na Folia":

Rio - O mais talentoso dos mestres de bateria da nova geração lamentou profundamente a morte de Louro, ocorrida na madrugada desta quinta-feira. Para Mestre Átila, comandante dos ritmistas do Império, a morte do ex-mestre da Porto da Pedra significou a "perda de um pai". "Sempre tive o Louro como referência ao lado de Ciça, Mug, Odilon e Jorjão. Perdi mais um pai. Em nome da diretoria de bateria do Império, dou meu pêsames à família", disse.

Rio - A notícia do falecimento de Mestre Louro deixou chocado um de seus principais amigos: Mestre Odlion da Grande Rio. Procurado pelo Dia na Folia, Odilon disse que sempre se inspirava em Louro não só para comandar sua bateria, mas também para se relacionar melhor com as pessoas.

quarta-feira, 19 de março de 2008

A guerra do Iraque


O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, discursou em rede nacional hoje para defender a guerra no Iraque. Entre outras coisas, o republicano disse que o custo em vidas e dinheiro valeu a pena.

Segue abaixo texto do jornalista Sérgio Dávila (que cobriu a guerra pela Folha de S. Paulo) publicado na Revista da Folha no último domingo.

Afogando em números, cinco anos depois

Na madrugada brasileira de quinta-feira, dia 20 de março, completam-se os cinco anos da invasão do Iraque por uma coalizão liderada pela Casa Branca do republicano George W. Bush. Já que a data é redonda, vale a pena elencar alguns números relacionados à guerra, que continua:

- 3.000.000.000.000 de dólares. Esse é o custo total da guerra, segundo o professor Joseph E. Stiglitz, da Universidade Columbia;

- Os US$ 3 trilhões a fazem a segunda guerra mais custosa da história do país, atrás apenas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945);

- O número equivale ao dobro do PIB brasileiro;

- São US$ 12 bilhões por mês (US$ 16 bilhões, se a Guerra do Afeganistão for incluída);

- Com o dinheiro de um mês de guerra, seria erradicado o analfabetismo no mundo, segundo artigo escrito pelo Nobel de economia na edição mais recente da revista "Vanity Fair" e no domingo retrasado no "Washington Post";

- O custo inicial da guerra era "entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões", segundo estimativas do governo;

- No orçamento de 2008, a Casa Branca pediu US$ 200 bilhões para as operações no Iraque e no Afeganistão, somando US$ 800 bilhões gastos até agora;

- É a segunda guerra mais longeva na qual os EUA se meteram, atrás apenas da do Vietnã (1959-1975) -isso se você não considerar que, tecnicamente, os EUA ainda estão em guerra com a Coréia do Norte, iniciada em 1950, uma vez que o armistício entre Washington e Pyongyang nunca foi assinado.

Ainda:

- Foram mortos 3.983 soldados norte-americanos até agora, segundo o Pentágono;

- O governo dos EUA dá US$ 500 mil a cada família de soldado morto;

- Foram mortos entre 400 mil e 1 milhão de civis iraquianos até agora, dependendo da ONG que faz a conta;

- O governo dos EUA não paga nada às famílias das vítimas mortas;

- Há 157 mil soldados em operação no Iraque hoje; já passaram por lá e pelo Afeganistão 1,6 milhão de homens e mulheres em uniforme;

- Desses, 750 mil já deixaram a ativa e 260 mil passaram por hospitais para veteranos; desses, 100 mil foram diagnosticados com algum problema mental; outros 200 mil procuraram ajuda para se reajustar, segundo Stiglitz;

- Foram feridos cerca de 65 mil soldados norte-americanos até agora;

- Em um dos principais hospitais para veteranos, o Walter Reed Army Medical Center, em Washington, no auge de internações, em 2005, um soldado-enfermeiro cuidava de 125 feridos de guerra.

Mas:

- Apenas 700 civis iraquianos morreram em fevereiro de 2008 - foram 2.700 no mesmo mês do ano anterior, segundo levantamento anual feito por Michael O'Hanlon, da Brookings Institution;

- Apenas 36 soldados norte-americanos morreram no mesmo mês - foram 81 em fevereiro de 2007;

- Apenas 65 ataques foram desferidos por milícias e insurgentes naquele mês - foram 210 no do ano passado;

- Apenas 30 mil civis iraquianos tiveram de deixar suas casas e migrar - ante 100 mil de fevereiro de 2007; são cerca de 4 milhões de iraquianos refugiados por conta da Guerra do Iraque, ou 16% de uma população de 26,8 milhões.

E:

- Aumentou a produção de petróleo, para 2,4 milhões de barris por dia. É o melhor índice até hoje e quase o mesmo que o pré-guerra, 2,5 milhões de barris por dia;

Por fim:

- Bush tem só mais 309 dias à frente da Casa Branca.

terça-feira, 18 de março de 2008

Mais uma polêmica do tapa-sexo

Muitas visitas a este blog aconteciam após o internauta, talvez em seus momentos mais íntimos, fazer pesquisas no Google como: "Viviane Castro", "tapa-sexo", "musa do tapa-sexo", "gostosa do carnaval", etc.

Alguns caíam aqui no Samba e Política e liam os posts da época do carnaval. As fotos que publiquei eram as mesmas que os jornais, TVs e principais portais da internet veicularam. No entanto, no dia 13 de março recebi esse e-mail da GoogleAdsense, que veicula os anúncios que você vê no blog.

Tive que tirar as fotos da Viviane Castro que, após toda a polêmica no carnaval 2008, agora gera polêmica até aqui no blog. Conservadora essa Google; deveria saber diferenciar pornografia de "fotos sensuais inseridas no contexto do carnaval".

Segue o e-mail amedrontador que recebi. E, infelizmente, nesse post, não poderei colocar nenhuma foto da musa do tapa-sexo.

Olá,Durante a análise de sua conta, constatamos que você está exibindo anúncios do Google em desacordo com os nossos regulamentos. Por exemplo, encontramos violações aos regulamentos do AdSense em páginas como http://sambaepolitica.blogspot.com/search/label/Playboy.Conforme especificado nos Regulamentos do programa, os editores do AdSense não estão autorizados a colocar anúncios do Google em páginas cujo conteúdo seja impróprio para menores.
Faça as alterações necessárias em suas páginas nos próximos 3 dias úteis. Também sugerimos que você dedique algum tempo para ler os Regulamentos do programa (https://www.google.com/adsense/policies) e conferir se os mesmos estão sendo cumpridos em todas as outras páginas.Assim que você atualizar o seu site, detectaremos automaticamente as alterações e a veiculação de anúncios não será afetada.
Se você decidir não fazer as alterações em sua conta nos próximos três dias, ela permanecerá ativa, mas você não poderá mais exibir anúncios em seu site.
No entanto, lembre-se de que poderemos desativar a sua conta se outras violações forem encontradas no futuro.Agradecemos a sua cooperação.
Atenciosamente,Equipe Google AdSense
Número do caso: 353201

segunda-feira, 17 de março de 2008

Morre Mestre Louro, irmão de Almir Guineto


Na última quinta-feira, às 5h30, morreu Mestre Louro, 58, comandante da bateria da Porto da Pedra, mas que ficou marcado como mestre de bateria do Salgueiro de 1972 a 2003. Ele foi enterrado no cemitério de Inhaúma com a presença de cerca de 400 pessoas. Louro tinha câncer no estômago.

De acordo com seu irmão, o sambista Almir Guineto, Louro passou mal durante o desfile desse ano, mas manteve-se firme na condução da bateria. “Ele me contou feliz que teve de inventar aquilo para pisar na Avenida”, disse ao jornal O Dia.

Guineto também disse que o irmão tinha dores há anos, mas demorou muito para procurar tratamento. “Ele demorou a procurar tratamento. Achava que não era nada demais. E quando descobriu, não seguiu o tratamento. Já estava encomendado. A teimosia mata”.

Mestre Marcão, do Salgueiro, compareceu e prometeu inaugurar em maio, na quadra da escola, o espaço Mestre Louro, com fotografias e troféus para lembrar a história de um dos principais bambas da agremiação.

Thiago Diogo, de 26 anos, vai substituir Louro no comando da bateria da Porto da Pedra.

domingo, 16 de março de 2008

A história violenta dos EUA


O escritor norte-americano Russel Banks acredita até mesmo que Barack Obama, que disputa a indicação do partido Democrata para a eleição presidencial nos EUA, possa ser assassinado. Foi publicada hoje, no caderno Mais! da Folha de S.Paulo, uma entrevista com o escritor, considerado um dos principais nomes da literatura dos EUA.
Banks compara Obama a Robert Kennedy, assassinado em 1968 quando vencia as primárias do partido Democrata. Não confunda: Robert era irmão do presidente John Kennedy, morto em 1963. "Ninguém, desde Bobby Kennedy, conseguiu motivar de tal maneira ricos e pobres, brancos, negros e hispânicos, numa coalizão inédita desde Franklin Roosevelt", diz Banks.

O escritor cita o recorde mundial do país em número de armas por habitante e "uma propensão pela violência sem igual no mundo ocidental". Apoiador de Obama, apesar de achá-lo moderado demais em algumas questões, Banks disse que o país está numa encruzilhada. "Se Obama for escolhido candidado democrata, isso vai devolver a esperança a uma juventude desesperançada e pessimista; mas, se ele for derrotado por McCain ou assassinado, a desilusão será ainda pior".

Assassinatos

Para quem achar que a hipótese de assassinato é exagera ou descabida, aqui vão algumas informações históricas sobre o país do Tio Sam.

Quatro presidentes dos EUA já foram assassinados durante o exercício dos mandatos. Os mais lembrados são o republicano Abraham Lincoln (em 1865) e John F. Kennedy (em 1963). Mas James Garfield (1881) e William McKinle (1901) também foram mortos a tiros.

Além dos presidentes, como lembra o escritor na entrevista, Robert Kennedy foi morto há 40 anos, no mesmo ano que Martin Luther King (na foto acima).

sexta-feira, 14 de março de 2008

Nassif contra o "jornalismo-esgoto"

O jornalista Luís Nassif publica em seu blog uma série contra a revista Veja. Mesmo não estando hospedado nos gigantes da internet (UOL, IG, Terra), o blog já causa grande repercussão. Principalmente porque Nassif desmascara a publicação da Abril como nunca ninguém fez antes.

Até então, quem falava mal da Veja era visto somente como esquerdista ou petista. A série de Nassif mostra que não está em questão ideologia, mas sim a destruição completa do jornalismo. Outras publicações são conservadoras e atacam o governo, mas com base em fatos e não ilações, como faz Veja.

Na última terça-feira estive na PUC para um debate com Nassif. Participou também o editor da revista Fórum, Glauco Faria. A capa da revista esse mês é "Veja: porque tanto ódio?".

Para conferir a série no blog do Nassif, clique aqui.

terça-feira, 11 de março de 2008

Muito samba em São Paulo

Em um chá de bebê com samba no domingo fui informado e convidado para os seguintes eventos sambísticos:

Dia 16
Samba da Feira
O projeto traz sambas antigos e novas composições. Mais informações alguns posts abaixo.

Local: Avenida Eulina, 256, vila Santa Maria, Limão
Horário: 12h

Dia 20 (véspera de feriado)
Projeto Samba de Todos os Tempos
Homenagem ao samba paulista, com a presença de Wilson Sucena e Seu Aílton Santamaria, da velha guarda da Camisa Verde e Branco.
Sambas dos compositores paulistas e dos membros do projeto Samba de Todos os Tempos, além de exibição do documentário Samba à Paulista.

Local: Bar Bodega, avenida Santo Amaro, 6899.
Entrada Franca
Horário: 19h

Dia 22
Projeto Samba do Baú
O projeto vai fazer 5 horas de samba na choperia do Sesc Pompéia

"Idealizado por jovens da zona leste de São Paulo, o Projeto Samba do Baú realizará show comemorativo aos seus 3 anos de existência. Eles contam e cantam a história do samba, ressaltando peculiaridades de canções, compositores, instrumentos musicais de forma lúdica e interativa, deixando um baú próximo ao palco para que o público coloque seus pedidos de músicas. Entre uma sugestão e outra, há sempre clássicos de Nelson Cavaquinho, Dona Ivone, Ataulfo Alves, Zeca Pagodinho, Adoniran, Zé Ketti, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, entre outros. Tradição (Geraldo Filme), Quem te Viu, Quem te Vê (Chico Buarque), Cordas de Aço (Cartola), Coração Leviano (Paulinho da Viola), Vila Esperança (Adoniran) e Palpite Infeliz (Noel Rosa), são algumas das músicas que devem constar no show."

Horário: 18h
Local: Rua Clélia, 93
Entrada: R$ 12 (inteira)

Dia 31
Samba da Laje
Local: rua Jandi, Vila Santa Catarina

*com informações da agenda do Luciano Firmeza

quinta-feira, 6 de março de 2008

O apagão do trânsito


Virou praxe ler nos jornais a expressão "apagão". Qualquer serviço público que não esteja funcionando de forma satisfatória - principalmente se o responsável for o governo federal - é motivo de apagão.

A expressão virou moda quando do racionamento de energia promovido pela incompetência do governo FHC. Depois veio o apagão da saúde e o famigerado apagão aéreo que, segundo a maioria da imprensa, derrubou dois aviões, um da Gol e outro da TAM. Mesmo não tendo sido comprovado que a ineficiência dos aeroportos ou do controle de vôo tenha sido responsável pelos dois acidentes.

Agora o trânsito de São Paulo bate todos os recorde do insuportável. Hoje foram 165Km de congestionamento, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Foi o terceiro recorde da semana no período da manhã e o quinto desde a semana passada.

A própria população atribui a situação apenas ao aumento do número de veículos (hoje são 6 milhões), mas não se discute responsabilidades e nem soluções. Aos governantes também deve ser atribuída a função de pensar a longo prazo. Com as bases sólidas de uma economia em crescimento, somada à cultura individualista de transporte dos paulistanos e o metrô ridiculamente pequeno, era de se esperar essa situação. E a tendência é piorar.

A maioria dos paulistanos parece ver a situação como normal, apenas fruto de uma cidade próspera. De dentro dos seus veículos com ar condicionado não sentem tanto a poluição que só piora, ainda mais nesses dias desérticos.

Foto: Eduardo Metroviche/Visão Oeste (Castello Branco parada na altura de Osasco. Reflexo da Marginal Pinheiros)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Samba e aviação comercial

Nota de hoje da colunista Mônica Bergamo, na Ilustrada da Folha de S. Paulo.

Bateria
"Samba" deve ser o nome da empresa aérea que David Neeleman, fundador da companhia americana Jet Blue, anuncia que fundará no Brasil em 2009. Na semana passada, ele foi à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) comunicar seus planos.

Interessante...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Vídeo: Zeca no Chacrinha

Zeca Pagodinho no programa do Chacrinha em 1985:

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Paulo da Portela volta para casa quase 70 anos depois

De Luis Carlos Magalhães

A primeira vez que ouvi falar de Paulo da Portela foi às vésperas do carnaval de 1965. Era também a primeira vez que eu havia ido à Portela.
Naqueles tempos, ainda menino, eu freqüentava muito mais a Mangueira, muito mais perto de minha casa, e o Salgueiro, no Clube Maxwell, mais próximo ainda. Não havia ainda o Portelão. Se a Portelinha era pequena para os ensaios comuns que dirá para a grande final de samba-enredos daquele ano.
A decisão foi no Imperial Basket Clube, ali mesmo na estrada do Portela onde é hoje o Ponto Frio. Eu estava lá.
Para quem foi a dois ou três ensaios na Portelinha, o Imperial era gigantesco; mesmo assim pequeno demais para aquela noite. Era o carnaval do quarto centenário. Todas as escolas do Grupo Especial tiveram como enredo a cidade do Rio de Janeiro que completava 400 anos. Quase todas as escolas dos Grupos de Acesso também.

Sambas memoráveis como “Os cinco bailes da história do Rio” de Silas de Oliveira, Ivone Lara e Bacalhau; História do Carnaval Carioca – Eneida , de Geraldo Babão e Valdevino Rosa, tremendo “lençol”, 48 versos, e sambas belíssimos de Lucas e da Capela.
A Portela decidia ali o samba para o enredo de Nelson Andrade “Histórias e Tradições do Rio Quatrocentão”.
Nunca vou poder esquecer esse dia. Eu e os outros meninos da minha distante rua, sem que nossos pais tivessem idéia de onde estávamos naquela noite de sábado de 1965.
Lá pelas tantas, ao ser divulgado o resultado final, em meio àquela imensa euforia, os compositores vencedores foram chamados ao palco.
Vi então um negro enorme, corpulento, com olhos muitos expressivos, entre- passando as mesas do salão. Um sorriso muito largo e forte saudava a todos que o aplaudiam.
Era Candeia, talvez em seu último dia de glória como sambista, com seu parceiro Waldir 59.

Não era a primeira vez que eu o via pela “primeira vez”, mas este é um tema para oooooutra conversa..
Foi também naquela mesma noite ( Que noite!) que ouvi pela primeira vez falar em Paulo da Portela. Eram dois sambas de quadra de autoria do então jovem Monarco que já ali assumia seu comovente mister de ser o contador das histórias da Portela, as mais bonitas histórias da Portela.
Monarco contava e cantava em um dos sambas sobre um menino chamado Paulinho que, segundo ele, era o sucessor do outro Paulo. Um samba era “Passado de glórias”, o outro “De Paulo da Portela a Paulinho da Viola, ambos em parceria com Chico Santana.
De Paulinho, o da Viola, eu já ouvira falar. Havia visto um show ou dele ouvido algum samba. Do outro Paulo, o da Portela, eu nada sabia.
E fiquei ouvindo Monarco dizer que “Paulo e Claudionor (passista lendário, maior de seu tempo) quando chegavam às rodas de samba todos corriam pra ver”. E Monarco seguia “... no livro de nossas histórias tem conquistas a valer”. E concluía cantando que se fosse ali contar todas as glórias da Portela aquela noite não ia terminar.
Aquele samba tão marcante seguia dizendo que “... Paulo, com sua voz comovente cantava ensinando a gente com pureza e prazer”.

Neste sábado, Paulo voltará para sua escola quase setenta anos depois; seu busto estará ao lado de Natal, outro galho daquela mangueira que está lá até hoje.
Todos nós devemos estar lá no Portelão, todo o povo do samba, portelenses ou não.
Devemos levar nossos filhos... E homenageá-lo como se estivéssemos ali querendo dizer a ele, nós e nossos filhos, que seu nome jamais cairá no esquecimento.
Ali ao lado de Natal estará Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela.
O maior de todos os bambas.

Leia na íntegra aqui.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Com vocês...Império Serrano!

Estou disponiblizando para download um disco que considero uma obra-prima. "Um show de velha guarda", do Império Serrano.

Lançado pela gravadora Biscoito Fino em 2006, o CD traz 14 músicas cantadas pela velha guarda da verde e branco da Serrinha. São canções dos maiores bambas do Império, como Silas de Oliveira, Mestre Fuleiro, Molequinho, Nilton Campolino, Mano Décio da Viola, entre outros. São 13 sambas e uma faixa de jongos.

Entre os músicos, Paulão 7 cordas (que dirigiu o trabalho), Carlinhos 7 cordas, Mauro Diniz (cavaco), Felipe de Angola, Esguleba...

Realmente imperdível. Mas, além das ótimas músicas, o trabalho fica completo com o encarte muito bem feito e acabado, onde é contada por cada um dos integrantes da velha guarda a sua história dentro do Império Serrano e, conseqüentemente a história da própria escola de samba.

Clique nas músicas para baixar uma por vez.

Faixa 1 - Império Tocou Reunir (Silas de Oliveira/Dona Ivone Lara)
Faixa 2 - Menino de 47 (Nilton Campolino/Molequinho) - Não Me Perguntes (Mestre Fuleiro/Dona Ivone Lara)
Faixa 3 - Dei-te um Lar (Luiz Carlos Nega Véia)
Faixa 4 - A humanidade (Aloísio Machado)
Faixa 5 - O poeta e a natureza (Osório Lima/Mano Décio da Viola)
Faixa 6 - Cuidado Vovó (Hélio dos Santos/Nilton Campolino)
Faixa 7 - O que seus olhos têm (Mestre Fuleiro)
Faixa 8 - Bálsamo da Paz (Osório Lima)
Faixa 9 - Amor Aventureiro (Silas de Oliveira/Mano Décio da Viola)
Faixa 10 - Serra dos meus sonhos (Carlinhos Bem-te-vi)
Faixa 11 - Obsessão (Osório Lima/Mano Décio da Viola)
Faixa 12 - Triste Destino (Adilson Negão)
Faixa 13 - Sou imperial (Avarese)
Faixa 14 - Tava doente (Domínio público) - Vapor da Paraíba (Mestre Fuleiro/Vovó Teresa)

Para comprar esse CD, clique aqui.

Preconceitos americanos contra Obama

Conforme cresce a pré-candidatura do senador negro Barack Obama à presidência dos Estados Unidos, aumentam também as "manobras" dos seus adversários (ou da sua adversária) para tentar conter a "onda Obama".

As "gafes" da TV americana se repetem, sempre associando a imagem do terrorista Osama Bin Laden à de Obama. Hoje, foi divulgada para o mundo esta foto, tirada em 2006 no Quênia, país de origem do pai do candidato. Obama aparece vestido com roupas tipicamente muçulmanas, o que é normal e não significa necessariamente que esta é a sua religião. Ele já se declarou protestante.

No entanto, a tentativa é de associar a sua imagem com a dos terroristas que tanto amedrontam os americanos. Para isso, utilizam o preconceito difundido nos EUA contra os árabes e muçulmanos.
A campanha de Obama acusa a sua adversária nas prévias democratas, Hillary Clinton, de ter difundido a foto. Mas, curiosamente, o blog Drudgereport foi o primeiro a divulgá-la, o mesmo que mostrou em 1998 o caso de Bill Clinton com a estagiária da Casa Branca Mônica Lewinsky.
"Quero deixar claro que não conhecemos essa fotografia, a campanha não a sancionou e eu não sei nada sobre isso", disse o porta-voz de Hillary, Howard Wolfson.
No dia 4 de março acontecem prévias decisivas no estado de Ohio. Obama está pouco a frente de Hillary. Entre os republicanos o senado John McCain será o candidato.
Cuba
Em um debate realizado na semana passada, ficaram claras algumas diferenças no que pensam Obama e Hillary sobre a ilha de Fidel Castro.

Perguntados se conversariam com o novo comandante do país, Raúl Castro, Obama disse que os EUA precisam dar o primeiro passo na reaproximação dos dois países. Já Hillary foi mais conservadora: afirmou que só conversa se ficar claro uma "democratização" da ilha.

Interessante seria perguntar a Hillary se ela não conversaria com o presidente da China, já que lá também existe uma ditadura. Aliás, bem pior que a cubana no que se refere a violação dos direitos humanos.
Foto: arquivo-2006/Associated Press

Homenagem

Do Tudo de Samba:

Um os fundadores da Vai Como Pode, embrião da Portela, o compositor Paulo da Portela vai ganhar busto que será colocado na entrada da quadra da escola, em Madureira, onde já existe o busto de Natal, ex-presidente da azul e branco.

Segundo nota publicada nesta terça-feira, na coluna Gente Boa, de O Globo, a inauguração vai acontecer em 1º de março, sábado que vem, com as presenças de bambas portelenses, como Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Preso compositor do samba-enredo da Mangueira


Tuchinha, como era conhecido, utilizou o nome Francisco do Pagode para assinar, junto com outros compositores, o samba-enredo que a Estação Primeira de Mangueira levou à Sapucaí no último carnaval.

O traficante foi preso sábado em Aracaju, Sergipe, para onde se mudou com a mulher e a filha de 3 anos. Agora, Tuchinha pede à polícia para não cumprir pena em Bangu 1, onde teme ser morto pelos chefes do Comando Vermelho (CV). É possível que seja transferido para uma prisão federal.

Mas a confusão em torno da Mangueira - que contribuiu para o péssimo resultado da escola no carnaval - não acaba com a prisão de Tuchinha. A polícia acusa a direção da escola de ter fechado a tal passagem secreta que dava acesso direto à quadra, o que juridicamente constitui fraude processual.

É um desafio para a diretoria da Mangueira manter-se livre do tráfico com a quadra encravada no morro mais lucrativo para os traficantes, com faturamento calculado de R$ 1 milhão por semana.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"Não sou alcoólatra"

Zeca Pagodinho faz mais dois shows, hoje e amanhã, em São Paulo (Credicard Hall) do seu Acústico MTV-Gafieira.

Hoje, na Folha de S.Paulo saiu uma entrevista dele, concedida à jornalista Laura Mattos.
Claramente sem vontade de falar com a repórter, Zeca respondeu a primeira pergunta "Como será seu próximo disco?". "De samba ué".

Depois falou do personagem Zé da Feira, da novela Duas Caras, inspirado nele. "Não sou alcoólatra, não ando caído de bobeira na rua. Ele é inspirado, porra, não é o Zeca Pagodinho"

A repórter insistiu. "A cerveja não atrapalha a sua vida em nenhum momento?". Zeca responde: "Minha vida é que atrapalha a minha cerveja".

A entrevista na íntegra aqui. Só para assinantes da Folha ou UOL.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Natal da Portela, o filme

Ainda na onda do carnaval, a TV Brasil passou o filme "Natal da Portela" (1988), de Paulo César Saraceni, uma co-produção Brasil/França que conta a história do "Seu Natalino", o bicheiro que deu tudo pela Portela e por Madureira.
O filme é ruim tecnicamente e as belas interpretações de Milton Gonçalves (que interpreta Natal), Grande Otelo, Zezé Mota e outros, contrasta com a de Almir Guineto, escolhido para representar o Paulo da Portela. Mesmo assim é ótimo para entender melhor esse personagem que virou bamba, mesmo sem nunca ter tocado um instrumento ou composto um samba.
Natal é mostrado como realmente foi. Um homem que fez tudo pela comunidade, mas não um homem bom. Inclusive o episódio em que mata um rival (um racista que o chama de "negro nojento") e vai parar no presídio da Ilha Grande é mostrado. O personagem principal é daqueles que ocuparam o vazio deixado pelo Estado nos suburbios.

Ao mesmo tempo é possível entender um pouco dos sucessivos campeonatos que a Portela venceu e conhecer um pouco também de Paulo da Portela e da velha-guarda. Destaque para o episódio do afastamento do Paulo, após briga com Manoel Bam-bam-bam, e a sua composição "o meu nome já caiu no esquecimento".

Algumas cenas dos desfiles são um pouco estranhas. Não condizem com a realidade. Talvez pela falta de recursos, ou devido à participação dos franceses. No final são mostradas cenas reais do desfile que a escola fez, já na Sapucaí, em homenagem a Natal. É legal ouvir um diálogo na avenida entre Monarco e João Nogueira.

No site Portela Web encontrei mais coisas interessantes sobre Natal, como a sua passagem na diretoria do clube Madureira, e uma excursão internacional que fez com o time de futebol. Vale a pena dar uma passada por lá.
Na cena da foto, Paulo da Portela (Almir Guineto) mostra composição a Natal (Milton Gonçalves).

Baixo clero quebra o pau no Senado


Os senadores Gilvam Borges (PMDB/AP) e Mário Couto (PSDB/PA) quase trocaram socos durante a sessão de hoje o Senado.

Tudo começou quando o governista Gilvam Borges, correligionário e uma espécie de porta-voz de José Sarney, chamou a oposição de irresponsável e falou que o assunto dos Cartões Corporativos já estava fora de moda. "Se o objetivo é desgastar o Governo ou o próprio Presidente Lula, as pesquisas mostram que quanto mais batem, mais ele cresce. A Oposição raivosa, temperamental, irresponsável, que perde tempo falando de coisas que não atingem diretamente o Governo, deveria reavaliar essas posições.", afirmou.

O tucano Mário Couto, com um jeito teatral que é quase uma mistura de Mão Santa com Almeida Lima, tomou as dores: "Aqui fazemos uma Oposição responsável. Olha como é responsável e veja como falo a verdade. Se essa pesquisa for verdadeira, estamos criando uma nova cultura neste País. Nenhum ato ilícito cometido por este Governo tem qualquer significado, que não dá em nada, 'não pega nada', e o Presidente continua subindo nas pesquisas?"

Gilvam Borges, sabendo que Mário Couto não estará em Brasília amanhã, disse que poderia continuar discutindo o assunto nesta sexta-feira. "Seria bom vossa excelência cancelar sua viagem amanhã. Esse dedo que vossa excelência aponta sempre, essa expressão teatral que utiliza, o espancamento que faz à tribuna sofrida... amanhã estaremos aqui para trabalhar."

Mário Couto se exaltou. "Vossa excelência chamou a oposição de irresponsável. A oposição não é irresponsável. E vossa excelência não vai mais repetir isso."

O presidente da sessão, Álvaro Dias (PSDB/PR), precisou suspender os trabalhos por alguns instantes. Mário Couto desceu da tribuna e, como a TV Senado mostrou, foi para cima de Gilvam Borges, e a turma do "deixa-disso", liderada, vejam só, por Kátia Abreu (DEM/TO) entrou em ação para evitar que os civilizados parlamentares demonstrassem um afeto ainda maior um pelo outro. Que bonito!

Ouça um compacto da briga na página da Jovem Pan (precisa ter Real Player) e repare que Mário Couto grita: "não há deferença (sic) alguma" entre comprar uma tapioca ou roubar um milhão de reais.

Só para lembrar, em uma de suas passagens pelo Senado, Gilvam Borges havia contratado como assessoras sua mulher e sua mãe. Ao explicar as nomeações, respondeu: "Uma me pariu e a outra dorme comigo".

Congresso "classe A" esse nosso, não?
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Renúncia de Fidel não muda o regime

É quase unanimidade, inclusive entre os que consideram Fidel Castro simplesmente um “ditador”, que a sua renúncia do poder 49 anos após a Revolução não representa uma drástica mudança na política e no sistema econômico socialista da ilha.
Há 19 meses afastado da presidência por motivos de saúde, Fidel anunciou na quarta-feira, 19, em carta publicada no jornal oficial Granma, que não vai reassumir o cargo de presidente do Conselho de Estado, que deve ficar com o seu irmão Raúl Castro. Fidel vai continuar a atuar apenas com idéias, repercutidas pela TV e jornal estatais.

A notícia da renúncia não surpreendeu a ninguém e não gerou grandes reações entre os dissidentes de Miami, ávidos por uma oportunidade de derrubar o regime socialista.
Em sua longa jornada, o líder comunista teve como principal inimigo o vizinho Estados Unidos, que não só tentou assassinar Fidel (via CIA), como invadiu Cuba em 1961, em episódio conhecido como a invasão da Baía dos Porcos.

Os avanços na qualidade de vida da população foram inegáveis desde a Revolução, mas após a dissolução da União Soviética (1991) Cuba enfrentou dificuldades que começaram a ser superadas com o investimento (em parcerias com a iniciativa privada) no turismo. No entanto, a falta de liberdade e o contraste entre quem trabalha no turismo ou na máquina estatal com os habitantes “comuns” é um desafio de Raúl Castro para manter o regime.

O novo comandante já acenou com aberturas, mas que não devem significar a instauração de um “modelo chinês”, como querem os liberais.

O embargo econômico imposto pelos EUA deve continuar, qualquer que seja o resultado da eleição presidencial de novembro. Mesmo o democrata Barack Obama, que tem como lema de campanha a mudança (change), só diz que vai "dialogar" com os inimigos do país, o que já é um avanço, mas não dá esperança de mudanças.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Beija-Flor pensa em 2009


O banho ou a Ucrânia são os possíveis temas da atual campeã Beija-Flor para o carnaval de 2009. A escolha depende dos patrocínios.

Ambos são temas bem difíceis de desenvolver e, principalmente, dar bons sambas-enredo. "Hoje, eu já começo a fazer um esboço do enredo sobre o banho, que é uma idéia que venho amadurecendo desde 2005. Vou fazer uma pequena sinopse para apresentar a algumas empresas que já sinalizaram com possibilidade de patrocínio. Esse enredo só deverá ser levado à Sapucaí caso a escola feche mesmo um patrocínio. Por enquanto, além do título ("No chuveiro da alegria, quem banha o corpo lava a alma na folia"), só tenho as idéias na cabeça", disse ao site Tudo de Samba o carnavalesco Alexandre Louzada.

O tema ruim pode acabar com o reinado da Beija-flor?

Fotos (André Müzell/Futura Press): A rainha Raíssa, que completa a maioridade ano que vem, e a porta-bandeira Selminha Sorriso, presenças certas na escola de Nilópolis.

Nei Lopes lança mais um livro


O cantor, compositor e escritor (descobri agora, advogado e cientista social também) Nei Lopes lançou na segunda-feira mais um livro, o Dicionário Literário Afro-Brasileiro (Pallas, 168 páginas, R$ 35).

A boa revista Carta Capital publicou uma matéria sobre o livro. Clique aqui para ler. Parece bem interessante. "Lopes aventurou-se a vasculhar a ficção em busca de autores e personagens emblemáticos da negritude. E o que exibe como resultado da investigação é uma coleção de negros e negras estereotipados, criados sob influência de nosso racismo velado, tantas vezes negado", diz a reportagem.

O autor analisou como o negro é retratado nas principais obras literárias brasileiras. Sobrou pra todo mundo: Machado de Assis, Jorge Amado e, principalmente Monteiro Lobato.

A boa notícia é que Nei disse que lança em março um romance denominado Mandingas da Mulata Velha na Cidade Nova, ambientado na famosa Praça Onze.

Para ver mais livros do autor, clique aqui.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A blindagem do governo e o fim do poder da mídia

A aprovação ao governo Lula, mostrada em pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje, é mais uma prova de que a mídia dominante, desde a reeleição do presidente, não consegue mais influir decisivamente nas mentes de todas as classes sociais do país.

Na última eleição, o máximo que conseguiu foi forçar um segundo turno ao mostrar, com a ajuda de um delegado inescrupuloso da Polícia Federal, os dólares que supostamente faziam parte de um caixa 2 da campanha do PT. O candidato da oposição, no entanto, teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. Uma façanha.

Agora, mesmo com todas as crises já criadas pela mídia este ano, como a "epidemia" (que não houve) de febre amarela e os cartões corporativos, que como se vê, são usados por governos de outros partidos também, não mancharam a aprovação ao governo.

A perda de poder dos grandes jornais e redes de televisão também se explica pelo acesso a outros meios de informação. O principal é a internet. No Brasil, mesmo quem não tem computador já pode acessar a rede na escola, faculdade ou lan-houses que, na periferia, cobram R$ 1 por hora.

No site da revista Fórum, uma das publicações "do outro lado", foi criada uma seção para os blogues políticos que denominam "independentes". Encabeça a lista a página do jornalista Paulo Henrique Amorim, o Conversa-Afiada.

A democratização da comunicação, que acontece aos poucos (bem aos poucos mesmo) no país explica parte da "blindagem" do governo Lula às crises que são criadas a todo momento. Claro que a explicação mesmo está na melhora (não a ideal) da vida dos mais pobres e na economia que cresce.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Prato e Faca

Proliferam pela internet blogs onde é possível baixar discos inteiros de samba que já não se encontram mais.

Por esse meio, conheci boa parte das músicas mais antigas. Fui apresentado a mais um deles, o Prato e Faca.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Centrais pedem apoio de Lula por redução da jornada

Da Agência Brasil

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, pediu hoje (14) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que participe do abaixo-assinado que as centrais sindicais estão fazendo em favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários.

O pedido foi feito durante a solenidade de assinatura da mensagem presidencial que encaminhou ao Congresso Nacional
duas convenções da OIT sobre direitos trabalhistas. Henrique entregou uma cópia para o presidente assinar, mas Lula apenas leu o documento e entregou a um de seus assessores.

O presidente da CUT disse que a idéia de fazer um abaixo-assinado foi do presidente Lula. Segundo ele, durante uma reunião no Palácio do Planalto, Lula deu um “puxão de orelha” e sugeriu que as centrais sindicais fizessem “uma grande campanha para arrecadar assinaturas pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários”.

Em seu pronunciamento, Lula disse que a iniciativa de propor a redução deve ser das entidades sindicais. “Se fosse apenas uma proposta do governo, iria se transformar em um embate entre o governo e a oposição e muitas vezes o povo ficaria alheio, assistindo aos discursos”, disse.

Lula defendeu que os avanços da modernidade devem significar não apenas um aumento de produtividade ou de rentabilidade, mas também um aumento das horas de lazer do trabalhador.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, também pediu a ajuda de Lula para a proposta. “Eu sei que o senhor não vai assinar, mas pode ajudar muito a reduzir a jornada de trabalho no Brasil”, disse.


Crédito da foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

A debandada na Portela

Já falamos aqui no blog sobre o bom resultado da Portela nesse carnaval, que nos deixou muito felizes. Depois de 10 anos conseguiu voltar ao desfile das campeãs, com o quarto lugar.

Agora, as notícias sobre a azul e branco parecem com aquelas de times de futebol que acabaram de ser campeões e têm vários de seus melhores jogadores negociados com clubes mais ricos, normalmente os da Europa.


Mostrando todo o seu amor à escola de Madureira (ironia), o carnavalesco Cahe Rodrigues, a porta-bandeira Alessandra Bessa e o intérprete Gilsinho já anunciaram que vão sair da Portela.

O carnavalesco já acertou inclusive com a Grande Rio, bem mais rica, e onde Cahe, junto com a sua equipe de cinco auxiliares, "vai usar e abusar", como disse.


E criticam a Beija-Flor. Mas há quantos anos a escola de Nilópolis desfila com o mesmo intérprete e a mesma porta-bandeira?
Foto: Daniel Targueta/TV Globo (Cahe e o casal de mestre-sala e porta-bandeira)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Samba se aprende na escola? Ou na universidade?

Estava eu navegando pela internet quando vi um banner publicitário da Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro. O anúncio dizia: "Graduação em Carnaval - duração: dois anos e meio".

Quando bati o olho não entendi direito. Achei que se tratava de algum curso promovido durante o carnaval, o que já é estranho, diga-se de passagem. Cliquei e percebi que não. É realmente um curso de graduação da Estácio, promovido pela "universidade politécnica" da instituição.

O nome oficial do curso é "tecnologia em gestão do carnaval". O perfil profissional, segundo o site é: "Atua em produção e gestão de eventos carnavalescos com base na cultura brasileira e na experiência das escolas de samba e de outras manifestações regionais similares, desde a administração de agremiações até a parte criativa do negócio".
E o mercado de trabalho? "O profissional poderá atuar em empresas do setor de turismo e hotelaria, escolas de samba, prefeituras e órgãos públicos, agremiações carnavalescas e folclóricas, clubes e ONGs", diz o site.

Acessei o programa do curso. São matérias interessantes, que vão desde Língua Portuguesa, empreendedorismo, até julgamento de escola de samba!
Claro, fiquei com medo. Um curso desses só mostra mais uma vez que o carnaval, principalmente o do Rio, é cada vez mais um negócio. Não achei o preço do curso. Vou ligar na universidade e me informar e colocar aqui.
Mas que eu fiquei com vontade de prestar o vestibular....ah, sem dúvida!
Para acessar as informações completas clique aqui.

Nenê: homenagem a Candeia

O nosso parceiro do blog Só Candeia postou há pouco tempo esse samba-enredo da Nenê de Vila Matilde de 1981.
Foi uma bela homenagem ao sambista da Portela. Tive de tempo de ouvir hoje. No Só Candeia ainda é possível baixar.
Aqui em baixo você pode ouvir!

Nenê de Vila Matil...

Samba na Feira e grupo Reduto

Já é quarta-feira. Hora de começar a planejar o fim de semana.

Como acontece desde agosto do ano passado, acontece na Vila Santa Maria (bairro do Limão) o Samba Na Feira, sempre realizado no terceiro domingo de cada mês.
O objetivo é cantar sambas inéditos de diversos compositores, não só da Vila Maria. Os fundadores são Tito, Paulo Sérgio, Ley e Xande. O presidente de honra é o sambista Murilão.

De acordo com Daniel da Cuíca, um dos músicos, "os sambas inéditos são priorizados, mas misturados com os antigos".

A roda de samba é composta por músicos do grupo Pé No Chão e alguns integrantes da Ala dos Compositores da Camisa Verde e Branco. Conta com as ilustres presenças da velha guarda da Camisa e do próprio Murilão. Juntos, resgatam antigos sambas e mostram obras inéditas em um ambiente totalmente inusitado!

Serviço
Samba na Feira
Terceiro domingo de cada mês
Horário: a partir das 11h
Local: Avenida Eulina, 256, Vila Santa Maria, Limão, zona norte de SP


Samba na Feira
Sábado
E no sábado, o grupo Reduto apresenta muito samba de qualidade no bar Dinorah, na Vila Madalena.
Quem já ouviu sabe da qualidade.
O Dinorah fica na rua Fidalga, 429, e o samba começa às 22h.

Samba paulista

Tive a oportunidade de assistir o último episódio do documentário Samba à Paulisa - fragmentos de uma história esquecida, na TV Cultura, conforme indicação do Leandro Conceição neste blog.

Realmente muito bom. Impressionante como os bambas de São Paulo são esquecidos em relação aos do Rio de Janeiro. A parte que mostrou os novos movimentos de samba da cidade teve o mérito de não ficar só no Samba da Vela.
O documentário não ficou só no passado. A Vila Madalena apareceu como "novo reduto do samba" em São Paulo.

Curioso que uma amiga havia me indicado no mesmo dia um disco que foi mostrado no documentário: Plínio Marcos em prosa e samba, de 1974, com a participação de Geraldo Filme, Zeca da Casa Verde e Toniquinho Batuqueiro, todos personagens do documentário.

Infelizmente, no ótimo blog Um que tenha o álbum já não está mais disponível para download. Fiquei muito curioso para ouvi-lo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bezerra da Silva

Um dos vídeos imperdíveis sobre o tema principal deste blog é "O dia em que o bambu quebrou no meio", dirigido por Pedro Asbeg & Arthur Muhlenberg.
A idéia em si é sensacional. Gravar um curta metragem no velório do Bezerra da Silva. O resultado também ficou ótimo. Até porque grande parte do filme se passa em um bar, localizado ao lado do velório.
Outra coisa que da para notar é que Bezerra, mesmo tendo certo destaque na mídia, teve um velório sem grande alarde, com pouca gente.
No youtube e no site Porta Curtas é possível ver esse e outro filme muito bom sobre o malandro: "Coruja", de Márcia Derraik e Simplício Neto, com 15 minutos de duração.
Mostra a relação de Bezerra com seus compositores, todos moradores dos morros cariocas e da baixada fluminense. Compositores que continuam anônimos. É possível perceber que o talento do sambista se deve também à habilidade de garimpar talentos.

E quem topa gravar comigo um curta no velório do próximo grande sambista que morrer?

O dia em que o bambu quebrou no meio




segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

IV Festival Nacional de Choro


A imprensa quase não divulgou. Só vi uma reportagem no Jornal da Gazeta. Procurei informações na internet e....claro! caí no site Samba-Choro. Segue o texto:

Artistas renomados e consagrados no cenário nacional e mundial da música estarão em São Pedro (SP), durante o IV Festival Nacional de Choro. O evento vai ocorrer de 9 a 17 de fevereiro no Hotel Fazenda São João e conta com extensa agenda de shows e apresentações para o público paulista.

O Festival é promovido pela Escola Portátil de Música, considerada uma das mais importantes na área de educação musical do país, com sede no Rio de Janeiro. São nove dias de música em tempo integral, por meio de oficinas, aulas, palestras, práticas, rodas para músicos já inscritos e shows para o público em geral.

Esta quarta edição do Festival homenageia o centenário de nascimento de Waldiro Frederico Tramontano, o Canhoto, cavaquinista e líder do regional que levava seu nome, de fundamental importância para a música popular brasileira em geral e o choro em particular, no século XX.

Os professores do Festival são os mais respeitados músicos do gênero: Alvaro Carrilho; Amelia Rabello; Anna Paes; Antonio Rocha; Bia Paes Leme; Celsinho Silva, Cristovão Bastos; Jayme Vignoli; Luciana Rabello; Luiz Flavio Alcofra; Marcílio Lopes; Mauricio Carrilho; Nailor Proveta; Nailson Simões; Naomi Kumamoto; Oscar Bolão; Paulo Aragão; Paulo Malaguti; Pedro Amorim, Pedro Aragão; Pedro Paes, Rui Alvim; Thiago Osório e Toninho Carrasqueira. Eles, com os alunos que também são músicos profissionais, serão as estrelas das apresentações.

Confira a programação do IV Festival Nacional de Choro:

* Dia 9/02 – Sábado, 9 h - Roda de Choro na "Feirinha do Produtor" com a participação de alunos e professores; Às 21 h, Show com a "Orquestra dos Professores" na Praça de São Pedro com repertório de choros e marchinhas de carnaval;

* Dia 10/02 – Domingo, 21 h: Show em homenagem ao "Canhoto do Cavaquinho" com Maurício Carrilho, Luciana Rabello, Celsinho Silva, Toninho Carrasqueira, entre outros, no Hotel Fazenda São João. Contempla o repertório gravado pelo Regional do Canhoto quando acompanhava os mestres Benedito Lacerda, Pixinguinha, Altamiro Carrilho e Jacob do Bandolim;

* Dia 12/02 – Terça-feira, 21 h, Show da cantora Amélia Rabello com Marcílio Lopes, Luiz Flávio, Lucas Porto, entre outros, no Hotel Fazenda São João;

* Dia 14/02 – Quinta-feira, 21 h, Show com o pianista Cristóvão Bastos e participação de Maurício Carrilho, Nailor Proveta, Luciana Rabello, também no Hotel Fazenda São João (Esta será a primeira audição das composições de Cristóvão Bastos que estão no seu próximo CD, ainda inédito).Mais informações sobre o Festival no site da Escola Portátil.

A imagem que ilustra este post é reprodução da obra "Chorinho", de Cândido Portinari

"Quem não canta, samba"

A cantora Célia apresenta ao lado do Quinteto em Branco e Preto nos dias 14 e 21 de fevereiro e 20 e 27 de março o show "Quem não canta, samba", no Sesc Pompéia.

Além da bela voz de Célia e da boa música do Quinteto, haverá, ainda, a participação de convidados mais do que especiais.

Só para se ter uma idéia, na estréia da temporada, dia 14 de fevereiro, os convidados são Almir Guineto e Moisés Santana. Será que vai ser bom?

Haverá ainda outros convidados excepcionais, como Arlindo Gruz, Zélia Duncan e Paulo Ricardo (sim, o do RPM). Ou seja, sambistas e músicos de outras vertentes cantando, sempre, samba. O repertório inclui grandes compositores, como Adoniran Barbosa, Paulinho da Viola, Cartola e tantos outros.

Tive o prazer de entrevistar Célia para o Rádio ao Vivo, da Jovem Pan. Segundo a cantora, o repertório não se restringe a um ou outro compositor, mas apenas àqueles que fazem o bom samba. "Só podemos cantar o samba bom. Porcaria, a gente não quer", revela. Célia disparou contra os grupos de pagode chamados comerciais: "Eu não gosto. Sabe aqueles grupinhos de samba que fazem aquela coisa cafona, como 'ah, meu amor, que beleza essa flor'? Eu mudo de canal."

Os shows "Quem não canta, samba", acontecem às quintas-feiras, sempre às 21h, e a estréia é no dia 14 de fevereiro. Confira a agenda e os convidados:

14 de fevereiro: Almir Guineto e Moisés Santana

21 de fevereiro: Arlindo Cruz e Mona Gadelha

20 de março: Paulo Ricardo e Fabiana Cozza

27 de março: Zélia Dundan e Graça Braga

O Sesc Pompéia fica na Rua Clélia, 93. Os ingressos custam 20 reais para usuários em geral, 10 reais para usuários matriculados no Sesc e 5 reais para trabalhadores do comércio matriculados. Vale a pena.

Viviane Castro se diz injustiçada e vai posar nua


Com a vitória inconstestável e a monotonia de mais um triunfo da Beija-Flor, a máquina de fazer carnaval, polêmica mesmo ficou por conta da modelo Viviane Castro, que desfilou com um tapa sexo de apenas 3,5cm.

A musa da São Clemente vai na onda do seu sucesso repentino e deve fazer mais um ensaio para a Revista Gata da Hora, do jornal O Dia. Outras publicações voltadas ao público masculino também já negociam com a "índia" da São Clemente, escola rebaixada neste carnaval.

Curioso vai ser ver um bando de marmanjos comprando as revistas para apreciar fotos de Viviane nua. Mas ela já não desfilou nua?

A modelo declarou que se sentiu injustiçada com a perda de 0,5 ponto da escola por sua causa. "O tapa-sexo não caiu. Acho que fui injustiçada e não quero ser chamada de oportunista", disse. Mesmo assim, Viviane admitiu que na Sapucaí, muitos acharam que ela estava mesmo totalmente nua.

No entanto, diz não estar arrependida de nada e só estaria chateada se a escola caísse exclusivamente pelo 0,5 ponto de punição. O que não aconteceu.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Desfile das campeãs


A Band transmite, ao vivo, o desfile das escolas campeãs de São Paulo a partir das 22 h de hoje. A narração é de Fernando Vieira de Mello e os comentários de Oswaldinho da Cuíca.

Amanhã, também a partir das 22h, José Luiz Datena comanda a transmissão das escolas de samba campeãs no Rio de Janeiro ao lado do carnavalesco Milton Cunha e do músico e compositor Arlindo Cruz.

Fala sério. Datena comentando carnaval vai ser difícil!
Foto: Rudy Trindade/Futura Press (Adriana Bombom volta ao sambódromo sábado com a Portela)