
De volta a este espaço esquecido para falar sobre o que ouvi sábado na rádio CBN, durante a transmissão do jogo Barueri X Corinthians pela SÉRIE B (SEGUNDONA, HEEHEH) na Arena Barueri.
Pouco antes da partida começar, o locutor e um dos repórteres de campo (infelizmente não lembro o nome de nenhum deles) começam a trocar idéias sobre o novo estádio. Um diz que a Arena é muito bonita (pelo menos a parte já finalizada), mas que foi construída com verba pública e existem outras prioridades, como saúde, habitação, etc.
- É verdade. E aqui do lado tem uma favela e um hospital inacabado, responde o repórter.
O diálogo entre os dois é fruto de uma série de artigos do colega de rádio deles, Juca Kfouri, criticando o prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PMDB), por supostamente priorizar o esporte em detrimento de áreas mais importantes.
Quem acompanha de perto a política aqui da região Oeste sabe que a construção da Arena não afetou em nada os demais investimentos da prefeitura. Isso porque o Orçamento de Barueri passa dos R$ 850 milhões por ano, para uma população "pequena" de 273.016 habitantes (segundo o Seade).
Além disso, o hospital foi inaugurado há duas semanas. Antes disso, as demais unidades de saúde da cidade já recebiam pacientes das cidades vizinhas que são meros dormitórios. A mesma coisa acontece com relação às escolas.
Não há grande mérito para o prefeito em relação às obras. Afinal, com a montanha de dinheiro que tem para gastar não existe segredo para fazer um bom governo.
E sábado estive no estádio e o que vi nos arredores não foi nenhuma favela. São casas normais, algumas sem pintura.
Se a Arena tivesse sido construída no Alphaville o problema não existiria.
Juca Kfouri errou no alvo dessa vez. E seus colegas de rádio repetem as críticas sem se informar.
OBS.: A Arena ainda tem duas arquibancadas por fazer, além da cobertura que está prevista no projeto. No total serão 40 mil lugares.
Foto: Eduardo Metroviche/Jornal Visão Oeste