(Crédito da foto: Roberto Valverde /Rio News)
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Se Maluf pode....
Naomi rainha de bateria?
10 sambas para ouvir antes de morrer
É realmente muito difícil escolher 10 ou 20 sambas sem cometer injustiças. Na minha lista, procurei juntar a Velha Guarda com coisas mais novas, como Fundo de Quintal.
É interessante ler algumas comunidades sobre samba no orkut. São brigas intermináveis e ásperas dos que gostam dos sambas de velha guarda contra os "caciqueanos", adeptos do ritmo desenvolvido no Cacique de Ramos e que foi divulgado principalmente pelo Fundo de Quintal.
Na lista tentei fazer justiça à todos, porque se não fosse o "Cacique" o samba estaria mais esquecido. Certamente, esse movimento nascido na década de 80 deu novo fôlego ao ritmo. Muitos discordam, mas é inegável que a maioria da juventude que levanta a bandeira do samba de qualidade atualmente começou ouvindo coisas do Cacique (Fundo, Zeca Pagodinho, etc).
Uma das músicas da lista (Coisas do mundo, minha nega) pode ser ouvida!
Os 10 sambas:
- O mundo é um moinho (Cartola)
- Coisas do mundo, minha nega (Paulinho da Viola)
- Cordas de Aço (Cartola)
- Dia de Graça (Candeia)
- Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira)
- Mãos (Almir Guineto)
- Bar da Esquina (Fundo de Quintal)
- Prazer da Serrinha (Fundo de Quintal)
- Império Tocou Reunir (Silas de Oliveira/Dona Ivone Lara)
- Poder da Criação (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro)
14-Coisas do mundo... |
Samba no céu
Uma seleção de sambistas de primeira linha, como Martinho da Vila, Monarco da Portela, Neguinho da Beija Flor, grupo Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz e Almir Guineto e membros de todas as escolas do Rio de Janeiro se reuniram para uma roda de samba em cima do Pão de Açúcar. Verdadeira maravilha de samba e de cenário!
Não deixe de conferir aqui.
Ministros na mira do TCU
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Música: Salgueiro
Começo com um ótimo samba do Salgueiro, cuja velha guarda é esquecida em relação às velhas guardas de Portela, Mangueira e até do Império Serrano. Ouça!
01-Track01.mp3 |
Boca Livre
Sem dúvida, vale a pena conferir. Os amantes da boa música certamente não se arrependerão. Os ingressos custam 40 reais e devem ser comprados com antecedência, pois a casa lota. O endereço do Tom Jazz... bem, veja no post abaixo! :)
Abraço a todos.
Foto: divulgação
"101 sambas que você precisa ouvir antes de morrer"
A temporada começou no último dia 10 com participação nada mais nada menos de Moacyr Luz e Hermínio Bello de Carvalho. As próximas apresentações são na quinta-feira, dia 31, com participação de Danilo Caymmi, e uma semana depois, dia 07/02, com Fabiana Cozza, já consagrada no samba paulista.
O repertório tem sambas de Noel Rosa, Dorival Caymmi, Paulinho da Viola, Wilson Batista, Baden Powell, Lupícinio Rodrigues, Nelson Cavaquinho, Cartola, Zé Kéti, entre outros. Cada espetáculo traz 20 músicas, mas metade do roteiro é fixa.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
Blog parceiro: Só Candeia
Parte da obra desse mestre já está disponível para download. Ótimo para quem ainda não conhece e precisa conhecer e também para completar a coleção.
Aqui, alguns posts abaixo está a história da vida do Candeia, contada em uma bela reportagem do Marcos Uchoa no RJTV da Globo.
O samba paulista na TV Cultura
Por ser um tema com fontes de registro escassas, os relatos se apresentam organizados em fragmentos, com entrevistas, músicas inéditas e imagens. Entre as personalidades destacadas estão Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, Oswaldinho da Cuíca (foto), Henricão, Fernando Penteado, Carlão do Peruche, e Seu Nenê de Vila Matilde.
O primeiro episódio (29/1) resgata as raízes do samba e suas manifestações, como o Samba de Bumbo e do Batuque de Umbigada; a vinda do negro para a capital, sua ocupação marginalizada no espaço urbano, o trabalho, as tradições, e o papel das tias quituteiras como resistência ao samba. Além disso, o filme ressalta a repressão sofrida, os espaços de resistência e a história da Festa do Bom Jesus de Pirapora e da Fundação do Grupo Barra Funda, um dos pioneiros do carnaval paulistano.
No segundo episódio (5/2), cujo mote é escola de samba, mostra a rivalidade que existia entre o Cordão Camisa Verde e Branco e Cordão Vae-Vae, hoje denominada Vai-Vai; relata a história das duas escolas mais antigas de São Paulo, a Lavapés, de 1937, que atualmente está no terceiro grupo, e a Nenê de Vila Matilde, de 1949; fala da hegemonia do padrão carioca; faz uma reflexão sobre o carnaval do passado e o atual, e mostra um dia de preparativos do fundador da Unidos do Peruche para o desfile no Sambódromo.
O último episódio (12/2) traz, dentre outros, os engraxates da Sé, as rodas de tiririca, os ícones do samba e o movimento de pagode no Rádio. Em referência à profissão sambista, faz uma homenagem aos grandes compositores da cidade, às casas de samba São Paulo Chic, Oba-Oba e Jogral, e conta as histórias dos boêmios da noite. Para fechar, apresenta um painel dos novos movimentos do samba paulista, o trabalho de pesquisa, militância e resistência.
Os documentários foram elaborados por alunos da Universidade de São Paulo (USP), com a contribuição do antropólogo Marcelo Manzatti, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), e da professora Olga Von Simson, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além da Cinemateca Brasileira e TV Cultura, que cederam seus acervos.
Serviço
Samba à Paulista – fragmentos de uma história esquecida
TV Cultura - Dias 29/1, 5 e 12/2, sempre às 22h40
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Beth Carvalho, samba e política
Mestra nos temas deste blog: samba e política, Beth Carvalho concedeu entrevista ao Jornal da Tarde, publicada nesta segunda-feira, 28. A “madrinha” criticou “alguns” dirigentes que estão transformando as escolas de samba em “empresas” e as distanciando das comunidades. “Isso é reflexo do país, da globalização, de governos Fernando Henrique [Cardoso] da vida”, analisou.
Beth afirmou que a diretoria da Mangueira lhe deve desculpas por tê-la expulsado de um dos carros alegóricos da escola no carnaval de 2007, mas é Estação Primeira “até morrer” e só vai desfilar este ano pela Viradouro “porque ficou irresistível”. Não fosse para sair em um carro que homenageia Cartola “não sairia, jamais”, disse. “Vou sair de verde e rosa, não com as cores da Viradouro. É uma homenagem a mim que estão fazendo.”
Comunista, a “madrinha” também falou sobre seu apoio a Lula e Hugo Chávez, “é questão de justiça, sei o que ele faz na Venezuela, como é bom presidente”, e disse que os Estados Unidos são responsáveis pela pobreza na América Latina.
Beth se recusou a falar sobre a polêmica por ter acusado Clara Nunes de tê-la plagiado em declaração ao livro Clara Nunes, Guerreira da Utopia, de Vagner Fernandes. “Esse assunto está morto.” Confira abaixo os principais trechos da entrevista:
Zeca Pagodinho
O Zeca era um cara magrinho, com sacola de supermercado com o cavaquinho dentro. Neguinho nem queria que ele cantasse. E eu disse: “Peraí, esse cara aí é bom, deixa ele cantar aí”.
Samba
Muda porque a vida muda. É revolucionário, é vanguarda porque é crônica do dia-a-dia. Se você não quiser ler o jornal, acompanhe o samba que ele vai dizer o que está acontecendo agora.
Carnaval
Escola de samba é uma instituição cultural. Essa mentalidade de empresa é que está dando confusão. Alguns dirigentes estão descaracterizando as escolas de samba (...) Tem que mudar de pensamento. Instituição tem que ser bem cuidada,cuidar das pessoas que a vida inteira se deram por ela. Há muito tempo não é assim, isso é muito ruim porque daqui a pouco o povo vira as costas. Cada vez menos tem povo na avenida, na arquibancada, na escola (...) Ninguém tem dinheiro para comprar fantasia. Está muito caro porque [a escola] virou empresa.
Celebridades
Acho que [as escolas de samba começaram a pensar como empresas] começou com os eventos de televisão, novela, Big Brother e não sei o quê... Isso é reflexo do país, da globalização, de governos Fernando Henrique [Cardoso] (...) Essa coisa de celebridade está em todos os setores. Todo mundo vira celebridade em cinco minutos.
Governos e o samba
O presidente Lula vai dar verba para as escolas de samba e o ministro [da Cultura] Gilberto Gil tombou o samba do Rio de Janeiro e o samba de roda da Bahia. Fernando Henrique não queria saber disso. Queria saber de Sorbonne.
Chávez
Não é questão de simpatia, é questão de justiça. Sei o que ele faz na Venezuela, como é bom presidente, eu vi (...) Na Venezuela tudo melhorou, também com a solidariedade de Cuba. Aliás, a pobreza de Cuba é culpa dos Estados Unidos. Responsabilizo [os EUA pela pobreza] em toda América Latina. Americanos estão em tudo. São capazes de derrubar o próprio prédio deles para justificar a guerra [no Iraque].
Lula
Lula entende bem o povo brasileiro. Já é uma grande coisa. Tem a mesma linguagem do povo.
Viradouro
Só estou saindo porque ficou irresistível, a homenagem, o samba... Vou sair de verde e rosa, não com as cores da Viradouro. É uma homenagem a mim que estão fazendo.
Mangueira
Essa diretoria da mangueira me deve desculpa. O que fizeram foi muito grave. Já estava armado de fazerem aquilo comigo, só não esperavam que a TVE filmasse. Aí o mundo inteiro viu. Essa diretoria me deve desculpas. Se vão fazer? Não acredito muito, não.
Amor eterno
Nunca deixei de ser Mangueira, sou Mangueira até morrer. A Mangueira é maior que tudo isso. É uma instituição e faço parte. Contribui um pouquinho pra ela.
Estou falando é de você...
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Fim de semana
Santana de Parnaíba divulga programação de carnaval
Já neste sábado, 26, será escolhida a rainha do carnaval parnaibano, com apresentação da Ala Show da escola de samba Gaviões da Fiel, que, este ano, traz o enredo “Nas asas dos Gaviões rumo ao portal dos sertões. Santana de Parnaíba: berço de bandeirantes!” (quanto será que a prefeitura pagou para a Gaviões pelo enredo?).
A apresentação começa às 20h na Praça da Bandeira, no Centro Histórico. Além da eleição da rainha, também serão escolhidas duas princesas.
No domingo, a partir das 15h, o bloco Xodó do Detó desfila pelo Centro.
Mas a abertura oficial do carnaval acontece na sexta-feira, dia 1º. Como em todos os anos, os foliões vão mascarados para a Noite dos Fantasmas. Simultaneamente, o desfile da Gaviões será transmitido em telões. No sábado, 2, outros três blocos animam a cidade. O Galo do Meio Dia (15h), Cabe Mais Um (18h) e Berro da Noite do Sexo Forte (20h).
Nos demais dias segue-se o desfile de blocos e escolas de samba (veja programação abaixo). Destaque para o tradicionalíssimo Alegria dos Koroas, que tem desfile marcado para a segunda-feira, às 17h.
02/02 (sábado)
15h - Bloco “Galo do Meio Dia”
18h - Bloco “Cabe Mais Um”
20h/22h - Bloco “Berro da Noite do Sexo Forte”
03/02 (domingo)
16h - Bloco “Os Picaretas”
19h/22h - Desfile da Escola de Samba “Unidos”
04/02 (segunda)
15h - Bloco “Eu e Você”
17h - Bloco “Alegria dos Koroas”
19h - Bloco “Folia”
05/02 (terça)
14h - Bloco “Praieiros"
16h - Bloco “Me Leva”
19h/22h - Desfile das Escolas de Samba “Unidos” e“Portal da Amizade”
Tudo no Centro Histórico.
Ótimo carnaval para quem gosta de blocos. E para quem não sabe, Santana de Parnaíba fica a poucos quilômetros de Sampa pela rodovia Castelo Branco, próximo a Osasco.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
"Samba e Política recomenda". Sambas-enredo RJ 2008
Nas primeiras ouvidas, os que mais me agradaram foram o da Imperatriz, Beija-Flor e Salgueiro.
Sérgio Cabral: "escolas estão divorciadas do samba"
Entre outras coisas, afirmou que o samba-enredo "deixou de ser samba há muito tempo", que não se distinguem mais os sons de cada instrumento nas baterias, e que "os negros estão sumidos das escolas de samba".
Cabral diz que o samba é tocado de maneira apressada, segundo ele uma maneira paulista. Mas, "hoje as escolas cariocas correm mais do que as paulistas".
Outra parte interessante é quando diz que as escolas estão divorciadas do samba e que o principal motivo é o fim do samba de terreiro. "Sou do tempo em que nos ensaios de escola de samba se tocava samba de terreiro. Só nos dias próximos ao carnaval é que passavam a tocar samba-enredo".
A entrevista completa aqui.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Sambistas X Sambeiras
Sabe cantar toda a letra do samba-enredo;
Não faz do cargo de rainha de bateria um negócio;
Só falta aos ensaios da escola quando é inevitável;
É uma foliã nata.
Desfila mastigando chiclete para fingir que canta o samba;
Nei Lopes homenageado
Carlos Ferreira
Um verdadeiro artista
não precisa de fama
e nem bajulação
basta o simples reconhecimento
de sua obra ou canção
o povo que o conhece
através de sua escrita
entende sua mensagem
seja em livros
ou na música propriamente dita
com seu chapéu e
sandália de couro
anda pra lá e pra cá
grande sambista negro
nascido em Irajá
Bacharel
em partido alto
da cultura negra é professor
uma singela homenagem
ao grande Nei Lopes
músico e escritor
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
"Samba e Política recomenda". E você sugere.
A partir de agora está inaugurada aqui do lado direito a seção "Samba e Política recomenda", com músicas que gostamos. Para inaugurar foram colocadas sete faixas do mais novo trabalho do sambista Paulinho da Viola, o DVD Acústico MTV Paulinho da Viola, que ficou muito bom por sinal. Fiquem a vontade para pedir e sugerir músicas para esta seção. Em breve vou postar os sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro. Infelizmente não tenho o samba do meu querido Império Serrano, que este ano disputa o acesso. Caso alguem possua, me mande por favor!
Por enquanto, fiquem com o Paulinho. "Antigamente era Paulo da Portela/agora é Paulinho da Viola", como diz a velha-guarda da azul e branco de Oswaldo Cruz.
Ah. Ouça com atenção Talismã. Parceria recente de Paulinho com Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Paulinho enviou a melodia, e os dois finalizaram a obra.
Foto: Reprodução (ou seja, escaneei a capa do meu DVD)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Carnaval, doce ilusão
Bom texto do Daniel Patrão:
Mais uma vez chega a tão sonhada hora em que toda a comunidade, depois de passar meses costurando fantasias, cantarolando por aí a letra do samba-enredo (até decorá-lo), ajudando a escola na construção do carnaval. As senhorinhas, baianas de profissão, rodam e rodam como se fossem verdadeiras meninas. Descem o morro e, por alguns minutos, viram as pessoas mais importantes do mundo, certo? Errado! Isso é só uma doce ilusão.
Faz um bom tempo que o carnaval, por diversos motivos, deixou de ser da comunidade, deixou de ser do sambista, deixou de ser das velhas-guardas para ser da mídia, dos “gringos” e de quem não entende e não faz nada pelo samba.
Muito me chamou atenção esta matéria feita pela rede Globo e publicada aqui mesmo no blog, onde se fala um pouco sobre o carnaval e sobre o mestre Candeia. Uma das maiores pessoas, negro de pele e coração, que o mundo do samba teve, Candeia lutou como ninguém contra o preconceito, contra a banalização do samba e principalmente contra esse “carnaval” que temos hoje.
Tudo em vão, pois chego à conclusão de que contra interesses pessoais e interesses "Globais", não se pode travar uma batalha limpa.
O carnaval virou um desfile de moda. Ser rainha ou madrinha das baterias virou um cargo de destaque, o melhor jeito de aparecer e de conseguir um ótimo contrato de trabalho, cobiçado por pessoas como Ellen Roche, Sabrina Sato, Viviane Araújo, Sheilas Melo e Carvalho, Grazzi, Luciana Gimenez (Super Pop), Gracyanne Barbosa, entre outras. Que maravilha!! Porém, agora eu pergunto? Cadê as musas da comunidade?
Já com relação aos intérpretes, mais decepção. Enquanto o saudoso Jamelão passou a vida à frente da Estação Primeira, o cantor Belo faz o que quer. Coloca sua mulher como rainha da bateria, tira sua ex-mulher do cargo, representa a escola de samba Mancha Verde, muda de escola, uma verdadeira festa. O que ele não contava é que no encarte do CD de sambas-enredo de São Paulo, a escola Mancha Verde fizesse um pronunciamento onde diz que por falta de respeito e de compromisso com a escola o cantor não foi à gravação do samba, como combinado. Lamentável.
Por fim, as Super Escolas de Samba S.A, a cada ano que passa estão mais distantes da comunidade. Indo aos ensaios podemos perceber nitidamente. Se formos à quadra da Rosas de Ouro então, só para poder entrar é preciso desembolsar R$ 20 reais. Sem falar nos sambas, cada vez mais sem enredo e com uma velocidade de dar inveja em qualquer Schumacher!
Daniel Patrão
Na foto, uma musa da comunidade da Nenê da Vila Matilde
Foto: Marcelo Pereira/Terra
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
A história de Candeia. Na Globo!
Parabéns para quem produziu e ao repórter Marcos Uchoa. Muito bem contada a história e a importância do Candeia.
A eleição em São Paulo
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
A confusão na Mangueira
A polícia civil do Rio investiga a ligação da agremiação com o tráfico de drogas, depois que descobriu uma possível passagem que liga o camarote ao morro. Ivo Meirelles é um dos que está sendo investigado. Um dos compositores do samba que ganhou para este ano, o Tuchinha, é procurado pela polícia.
A confusão já vem desde a escolha do tema para 2008. O centenário do fundador Cartola parecia ser o tema natural, mas um patrocínio levou a Mangueira a escolher o enredo "100 anos do Frevo, É de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar...".
A madrinha Beth Carvalho, que já estava insatisfeita com a escola desde o ano passado, vai sair pela Viradouro esse ano.
Depois de tudo isso, só o que melhorou foi a rainha da bateria. Ano passado, a escolhida foi Preta Gil. Agora, Belo mexeu os seus pauzinhos e a escolhida foi a sua namorada, Gracyanne Barbosa, que também estará à frente da bateria da Império da Casa Verde em São Paulo.
Foto: Peter Iilicciev/Divulgação
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Peixes fora d'água
O novo do Arlindo
A primeira faixa, Meu Lugar, de Arlindo e Mauro Diniz, é um ode a Madureira. A letra descreve o bairro e toda a paixão que os autores têm pela "terra do samba". Sem dúvida uma composição feita com o coração.
Já com Zeca Pagodinho, Arlindo fez Se eu encontrar com ela, um samba de quadra, gravado com a participação das velhas-guardas da Portela e do Império Serrano, as duas "vizinhas" de Madureira, além do próprio Zeca. Aliás, ainda estou para ver uma composição ruim do Zeca. Quando ele deixa a preguiça e os compromissos publicitários de lado e pega a caneta, sempre sai coisa boa. Se eu encontrar com ela é simples, como deve ser o bom samba.