Google

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Filho de peixe...



...nem sempre peixinho é. Pois é, estive pensando em figuras que estão atualmente no mundo do samba, mas não fazem jus ao famoso ditado.
É natural que o filho de uma pessoa que se destacou em alguma coisa - futebol, música, etc - sofra pressão para seguir o mesmo rumo vitorioso. Mas nem sempre da certo. Existem centenas de casos em várias atividades. No futebol, o primeiro que me vem à cabeça é Edinho, filho do Rei Pelé, que tentou ser goleiro.
No samba, os casos mais notórios são: 
- Diogo Nogueira: filho do grande João, segue a carreira regravando alguns sucessos do pai. Mas o resultado parece mais um imitador, só porque tem a voz parecida com o velho Nogueira. Seu estilo lembra os estudantes "descolados" que, após conhecer meia dúzia de sambas "de raiz", como eles dizem, colocam um chapéu de malandro e vão aos sambas da Lapa ou Vila Madalena tirar onda.
- Almirzinho: Nem de longe lembra o mestre Almir Guineto. Recentemente li um livro do Nei Lopes (Partido-Alto) onde um dos partideiros entrevistados responde secamente à pergunta "Quem foi o maior partideiro da história?". "Almir Guineto". Já Almirzinho sempre foi "pagodeiro", no sentido mais moderno da palavra. Pelo menos não posa de "sambista malandro da antiga", como o citado acima.
- Banana (do Partideiros do Cacique): Este é filho de Neoci (fundador do Fundo de Quintal) e neto de João da Baiana. É muita responsabilidade ter essa árvore genealógica. Por isso, nem tenho críticas a fazer. Tem o mérito de ter lançado uma coleção de camisetas com temas sambísticos legais.
- Maria Rita: A filha da Elis. Amada pela imprensa especializada, decidiu (ela ou a gravadora?) que iria gravar sambas. Como escreveu um blogueiro que passa por aqui às vezes: "É aquela história, agora ser sambista é cult.. todo mundo quer andar de guia mas ninguém quer ir a macumba!". Poderia ter continuado a gravar MPB.

E assim o samba segue no "Agoniza, mas não morre".

Nenhum comentário: