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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vida inteligente no litoral

Com uma semana a mais de folga do que a maioria dos mortais, passei alguns dias no Guarujá. Quase sozinho. Tinha alguns parentes na mesma praia, mas no horário em que estou mais ativo - após às 23h - estava sozinho.
A cidade estava lotada, principalmente adolescentes em férias. Quem conhece Guarujá sabe que as opções noturnas são muitas, mas resumem-se as baladas que não tem graça quando se está sozinho.
Em uma das andanças pelo calçadão acabei passando em frente a um bar na Rua Petrópolis e percebi um movimento diferente. Do lado de fora avistei alguns instrumentos e percebi uma roda de samba. Algo totalmente incomum para o local. O bar em questão é o Limoncino Restaurante/Bar.
Quando entrei percebi que a faixa etária dos frequentadores era, em média, de uns 60 anos. Daí a surpresa de uma garçonete quando perguntei se a mesa próxima ao caixa estava reservada.
Mas sentei e fiquei ouvindo o repertório da roda que tinha violão, 7 cordas, cavavo, pandeiro, tan tan e tamborim. Fora os inúmeros chocalhos que o pessoal pegava pelo bar. Apenas o rapaz no pandeiro era jovem.
Tocaram Cartola, Lupicínio, Nelson Cavaquinho e por aí vai. O público é bem animado - pelo menos até as 2h da manhã. Acabei "fechando" o local, pois fiz amizade com um senhor muito simpático que me disse: "Este é o único local boêmio no Guarujá". Boêmio no sentido antigo da palavra. 

Ah, fui informado também de que o samba acontece quase sempre no local. Não só em época de temporada.

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