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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Se Maluf pode....

Depois de “celebridades” como Gretchen, Clodovil, Frank Aguiar e Ana Paula Oliveira é a vez de Viviane Araújo, rainha de bateria do Salgueiro e da Mancha Verde, tentar carreira na política. Ela é sondada pelo PT do B do Rio de Janeiro para concorrer à vereadora nas eleições deste ano. Ao site EGO, Viviane afirmou que, caso concorra, sua principal meta será lutar pela causa gay. “Minha intenção inicial é acabar com o preconceito contra os homossexuais.”
No entanto, são quase nulas as chances de ela aceitar o convite do partido. “Não quero entrar neste esquema”, diz. “É muita corrupção. Sou decepcionada com a política.” “Ainda bem!”, digo eu, como um cidadão que quer o bem do Brasil. Mas, num país onde são eleitas pessoas como Maluf e Roberto Jéferson, por que não uma musa para embelezar a política nacional?

(Crédito da foto: Roberto Valverde /Rio News)

Naomi rainha de bateria?


A Vogue promoveu um baile pré carnavalesco em São Paulo. Coisa de elite, no hotel Unique com presença de celebridades como a modelo Ana Beatriz Barros, a jornalista Glória Maria (Fantástico) e o estilista Tufi Duek (quem?).

A música ficou por conta das cantoras Clara Moreno e Maria Rita, esta com canções do seu novo trabalho Samba Meu, que entrou na onda dos cantores de MPB que resolveram gravar sambas.

Mas o que me levou a escrever foi a super modelo Naomi Campbell, que também deu o ar da graça na festa. Ela sempre vem ao Brasil. Se pudesse se naturalizava. Mas, olhando para a sua foto pensei: "essa é uma famosa que eu gostaria de ver o desempenho como rainha de bateria".

Será que ela tem samba no pé? Bom, isso não importa. Nada que umas aulas com Carlinhos de Jesus ou Jaime Arôxa não resolva. Se até a Miss Brasil está aprendendo. E uma gringa como rainha seria um marketing e tanto.
Foto: Marcelo Pereira/Terra

10 sambas para ouvir antes de morrer

Conforme sugestão do nosso parceiro Pedro Monteiro, divulgo aqui 10 sambas para ouvir antes de morrer. A idéia surgiu no post sobre o show de Zé Renato, intitulado "101 sambas para ouvir antes de morrer".

É realmente muito difícil escolher 10 ou 20 sambas sem cometer injustiças. Na minha lista, procurei juntar a Velha Guarda com coisas mais novas, como Fundo de Quintal.
É interessante ler algumas comunidades sobre samba no orkut. São brigas intermináveis e ásperas dos que gostam dos sambas de velha guarda contra os "caciqueanos", adeptos do ritmo desenvolvido no Cacique de Ramos e que foi divulgado principalmente pelo Fundo de Quintal.

Na lista tentei fazer justiça à todos, porque se não fosse o "Cacique" o samba estaria mais esquecido. Certamente, esse movimento nascido na década de 80 deu novo fôlego ao ritmo. Muitos discordam, mas é inegável que a maioria da juventude que levanta a bandeira do samba de qualidade atualmente começou ouvindo coisas do Cacique (Fundo, Zeca Pagodinho, etc).

Uma das músicas da lista (Coisas do mundo, minha nega) pode ser ouvida!

Os 10 sambas:
- O mundo é um moinho (Cartola)
- Coisas do mundo, minha nega (Paulinho da Viola)
- Cordas de Aço (Cartola)
- Dia de Graça (Candeia)
- Aquarela Brasileira (Silas de Oliveira)
- Mãos (Almir Guineto)
- Bar da Esquina (Fundo de Quintal)
- Prazer da Serrinha (Fundo de Quintal)
- Império Tocou Reunir (Silas de Oliveira/Dona Ivone Lara)
- Poder da Criação (João Nogueira/Paulo Cesar Pinheiro)

14-Coisas do mundo...

Samba no céu

Imperdível a belíssima reportagem de Marcos Uchôa sobre o samba carioca exibida hoje no Bom Dia Brasil, da Rede Globo.

Uma seleção de sambistas de primeira linha, como Martinho da Vila, Monarco da Portela, Neguinho da Beija Flor, grupo Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Arlindo Cruz e Almir Guineto e membros de todas as escolas do Rio de Janeiro se reuniram para uma roda de samba em cima do Pão de Açúcar. Verdadeira maravilha de samba e de cenário!

Não deixe de conferir aqui.

Ministros na mira do TCU

Do site G1:

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recusou-se hoje a comentar os indícios de irregularidades no uso de cartões de crédito corporativo por alguns de seus ministros. Ameaçando interromper uma entrevista coletiva concedida em São Paulo, o presidente apenas se manteve calado na primeira vez que foi questionado sobre o assunto. Na segunda, Lula quase deixou o local onde estavam reunidos os jornalistas e apenas declarou: "Não vou discutir isso".

O que o presidente quer? Que os jornalistas perguntem a ele quais serão as escolas campeãs do Carnaval? Ou, quem sabe, o próximo eliminado do Big Brother? Os cartões de crédito corporativos são práticos, necessários, mas o uso que os alguns subordinados do presidente - que não deve saber de nada - fazem dele é, no mínimo, suspeito. Até o ministro dos Esportes Orlando Silva, com quem simpatizo, gastou oito reais em tapioca com os tais cartões. A assessoria da Pasta informou que houve um engano e que o ministro já reembolsou o dinheiro. Engano?! De repente, o cartão corporativo é visualmente parecido com o cartão pessoal do ministro.

Isso sem falar nos apagados ministros Matilde Ribeiro (foto) e Altemir Gregolin, respectivamente da Igualdade Racial e da Pesca. Matilde gastou cerca de 460 reais em um free shop. Já Gregolin usou o cartão corporativo para pagar uma conta de 512 reais em uma churrascaria. Segundo a assessoria Pasta, a conta referia-se a um encontro entre o ministro e uma comitiva pesqueira da China. (Não seria melhor terem comido peixe em vez de churrasco??)

Nesta quinta-feira, a Tribunal de Contas da União aprovou uma investigação sobre o assunto. Tomara que dê em alguma coisa.

(foto: Gervásio Baptista/Agência Brasil)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Música: Salgueiro

Época de carnaval. É sempre bom relembrar sambas de terreiro de algumas escolas de samba. Hoje só se ouvem os apressados sambas-enredo. Mas nem sempre foi assim.

Começo com um ótimo samba do Salgueiro, cuja velha guarda é esquecida em relação às velhas guardas de Portela, Mangueira e até do Império Serrano. Ouça!

01-Track01.mp3

Boca Livre

Na minha estréia no blog "Samba e Política" a convite do meu colega e amigo Fernando Augusto, pego carona no último post dele e recomendo o show do grupo Boca Livre, também no Tom Jazz. Trata-se não de um grupo de samba, mas sim de um quarteto vocal, com grandes compositores, instrumentistas e, principalmente, cantores. O grupo é formado por Maurício Maestro, Lourenço Baeta , Zé Renato (sim, o mesmo dos "101 sambas...") e David Tygel. Zé Renato é, para mim, um dos maiores cantores brasileiros - se não o maior.

Tive a oportunidade de conferir a apresentação no último sábado, 26, e entrevistá-los após o show, para a rádio Jovem Pan. O Boca Livre canta algumas canções inéditas e, claro, traz seus grandes sucessos, como "Toada", "Ponta de Areia", "Quem tem a Viola", entre outros. A temporada seria encerrada no sábado mesmo, mas, para deleite dos fãs, foi prorrogada. Mais duas apresentações acontecerão nos dias 8 e 9 de fevereiro, sexta e sábado seguintes ao Carnaval.

Sem dúvida, vale a pena conferir. Os amantes da boa música certamente não se arrependerão. Os ingressos custam 40 reais e devem ser comprados com antecedência, pois a casa lota. O endereço do Tom Jazz... bem, veja no post abaixo! :)
Abraço a todos.

Foto: divulgação

"101 sambas que você precisa ouvir antes de morrer"

Essa foi indicação do amigo e colega jornalista, André Graziano

O cantor e compositor Zé Renato está em cartaz no Tom Jazz, em São Paulo, com o show "101 sambas que você precisa ouvir antes de morrer".

A temporada começou no último dia 10 com participação nada mais nada menos de Moacyr Luz e Hermínio Bello de Carvalho. As próximas apresentações são na quinta-feira, dia 31, com participação de Danilo Caymmi, e uma semana depois, dia 07/02, com Fabiana Cozza, já consagrada no samba paulista.

O repertório tem sambas de Noel Rosa, Dorival Caymmi, Paulinho da Viola, Wilson Batista, Baden Powell, Lupícinio Rodrigues, Nelson Cavaquinho, Cartola, Zé Kéti, entre outros. Cada espetáculo traz 20 músicas, mas metade do roteiro é fixa.
Muita gente que adora samba nunca ouviu falar de Zé Renato, mas ele tem a maioria dos seus trabalhos voltados ao nosso querido ritmo. Já lançou álbuns com repertório de diversos bambas e composições próprias, inclusive em parceria com Nei Lopes.
O Tom Jazz fica na avenida Angélica, 2331, e o ingresso sai por R$ 40.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Blog parceiro: Só Candeia

O mais novo blog parceiro do Samba e Política é o Só Candeia.
Parte da obra desse mestre já está disponível para download. Ótimo para quem ainda não conhece e precisa conhecer e também para completar a coleção.

Aqui, alguns posts abaixo está a história da vida do Candeia, contada em uma bela reportagem do Marcos Uchoa no RJTV da Globo.

O samba paulista na TV Cultura

Nesta e nas duas próximas terças-feiras (5 e 12 de fevereiro - sempre a partir das 22h40), a TV Cultura exibe os três episódios do documentário Samba à Paulista – fragmentos de uma história esquecida, sobre a vinda dos negros a São Paulo e o samba, grande herança cultural deixada por eles.

Por ser um tema com fontes de registro escassas, os relatos se apresentam organizados em fragmentos, com entrevistas, músicas inéditas e imagens. Entre as personalidades destacadas estão Adoniran Barbosa, Geraldo Filme, Oswaldinho da Cuíca (foto), Henricão, Fernando Penteado, Carlão do Peruche, e Seu Nenê de Vila Matilde.


O primeiro episódio (29/1) resgata as raízes do samba e suas manifestações, como o Samba de Bumbo e do Batuque de Umbigada; a vinda do negro para a capital, sua ocupação marginalizada no espaço urbano, o trabalho, as tradições, e o papel das tias quituteiras como resistência ao samba. Além disso, o filme ressalta a repressão sofrida, os espaços de resistência e a história da Festa do Bom Jesus de Pirapora e da Fundação do Grupo Barra Funda, um dos pioneiros do carnaval paulistano.


No segundo episódio (5/2), cujo mote é escola de samba, mostra a rivalidade que existia entre o Cordão Camisa Verde e Branco e Cordão Vae-Vae, hoje denominada Vai-Vai; relata a história das duas escolas mais antigas de São Paulo, a Lavapés, de 1937, que atualmente está no terceiro grupo, e a Nenê de Vila Matilde, de 1949; fala da hegemonia do padrão carioca; faz uma reflexão sobre o carnaval do passado e o atual, e mostra um dia de preparativos do fundador da Unidos do Peruche para o desfile no Sambódromo.


O último episódio (12/2) traz, dentre outros, os engraxates da Sé, as rodas de tiririca, os ícones do samba e o movimento de pagode no Rádio. Em referência à profissão sambista, faz uma homenagem aos grandes compositores da cidade, às casas de samba São Paulo Chic, Oba-Oba e Jogral, e conta as histórias dos boêmios da noite. Para fechar, apresenta um painel dos novos movimentos do samba paulista, o trabalho de pesquisa, militância e resistência.


Os documentários foram elaborados por alunos da Universidade de São Paulo (USP), com a contribuição do antropólogo Marcelo Manzatti, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), e da professora Olga Von Simson, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além da Cinemateca Brasileira e TV Cultura, que cederam seus acervos.


Serviço

Samba à Paulista – fragmentos de uma história esquecida

TV Cultura - Dias 29/1, 5 e 12/2, sempre às 22h40

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Beth Carvalho, samba e política

Mestra nos temas deste blog: samba e política, Beth Carvalho concedeu entrevista ao Jornal da Tarde, publicada nesta segunda-feira, 28. A “madrinha” criticou “alguns” dirigentes que estão transformando as escolas de samba em “empresas” e as distanciando das comunidades. “Isso é reflexo do país, da globalização, de governos Fernando Henrique [Cardoso] da vida”, analisou.

Beth afirmou que a diretoria da Mangueira lhe deve desculpas por tê-la expulsado de um dos carros alegóricos da escola no carnaval de 2007, mas é Estação Primeira “até morrer” e só vai desfilar este ano pela Viradouro “porque ficou irresistível”. Não fosse para sair em um carro que homenageia Cartola “não sairia, jamais”, disse. “Vou sair de verde e rosa, não com as cores da Viradouro. É uma homenagem a mim que estão fazendo.”

Comunista, a “madrinha” também falou sobre seu apoio a Lula e Hugo Chávez, “é questão de justiça, sei o que ele faz na Venezuela, como é bom presidente”, e disse que os Estados Unidos são responsáveis pela pobreza na América Latina.

Beth se recusou a falar sobre a polêmica por ter acusado Clara Nunes de tê-la plagiado em declaração ao livro Clara Nunes, Guerreira da Utopia, de Vagner Fernandes. “Esse assunto está morto.” Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Zeca Pagodinho

O Zeca era um cara magrinho, com sacola de supermercado com o cavaquinho dentro. Neguinho nem queria que ele cantasse. E eu disse: “Peraí, esse cara aí é bom, deixa ele cantar aí”.

Samba
Muda porque a vida muda. É revolucionário, é vanguarda porque é crônica do dia-a-dia. Se você não quiser ler o jornal, acompanhe o samba que ele vai dizer o que está acontecendo agora.

Carnaval
Escola de samba é uma instituição cultural. Essa mentalidade de empresa é que está dando confusão. Alguns dirigentes estão descaracterizando as escolas de samba (...) Tem que mudar de pensamento. Instituição tem que ser bem cuidada,cuidar das pessoas que a vida inteira se deram por ela. Há muito tempo não é assim, isso é muito ruim porque daqui a pouco o povo vira as costas. Cada vez menos tem povo na avenida, na arquibancada, na escola (...) Ninguém tem dinheiro para comprar fantasia. Está muito caro porque [a escola] virou empresa.

Celebridades
Acho que [as escolas de samba começaram a pensar como empresas] começou com os eventos de televisão, novela, Big Brother e não sei o quê... Isso é reflexo do país, da globalização, de governos Fernando Henrique [Cardoso] (...) Essa coisa de celebridade está em todos os setores. Todo mundo vira celebridade em cinco minutos.

Governos e o samba
O presidente Lula vai dar verba para as escolas de samba e o ministro [da Cultura] Gilberto Gil tombou o samba do Rio de Janeiro e o samba de roda da Bahia. Fernando Henrique não queria saber disso. Queria saber de Sorbonne.

Chávez
Não é questão de simpatia, é questão de justiça. Sei o que ele faz na Venezuela, como é bom presidente, eu vi (...) Na Venezuela tudo melhorou, também com a solidariedade de Cuba. Aliás, a pobreza de Cuba é culpa dos Estados Unidos. Responsabilizo [os EUA pela pobreza] em toda América Latina. Americanos estão em tudo. São capazes de derrubar o próprio prédio deles para justificar a guerra [no Iraque].

Lula
Lula entende bem o povo brasileiro. Já é uma grande coisa. Tem a mesma linguagem do povo.

Viradouro
Só estou saindo porque ficou irresistível, a homenagem, o samba... Vou sair de verde e rosa, não com as cores da Viradouro. É uma homenagem a mim que estão fazendo.

Mangueira
Essa diretoria da mangueira me deve desculpa. O que fizeram foi muito grave. Já estava armado de fazerem aquilo comigo, só não esperavam que a TVE filmasse. Aí o mundo inteiro viu. Essa diretoria me deve desculpas. Se vão fazer? Não acredito muito, não.

Amor eterno
Nunca deixei de ser Mangueira, sou Mangueira até morrer. A Mangueira é maior que tudo isso. É uma instituição e faço parte. Contribui um pouquinho pra ela.

Estou falando é de você...

Certa vez na transmissão do desfile das escolas de samba, a Leci Brandão, que comentava, disse que a agremiação com a maior força de comunidade, a mais "pé no chão", era a Nenê da Vila Matilde.

Não sou grande frequentador das escolas de samba. Não vou o ano inteiro. Mas no último ensaio da Nenê, lembrei das palavras da Leci (essa sim, grande entendedora e apoiadora do carnaval paulistano). Que energia, que passistas, quanta tradição.

E sobretudo, que escola negra! Claro que não sou contra todas as raças pularem o carnaval. Mas não é a mesma coisa. Quem gosta de escola de samba sabe do que falo.

Pra entender um pouco dessa tradição, segue um pouco da história da Nenê.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Nenê de Vila Matilde foi fundado em 1º de janeiro de 1949 na Rua Joaquim Marra, no Largo do Peixe, Vila Matilde, por um grupo de sambistas liderados por Alberto Alves da Silva, o Nenê, um dos últimos cardeais do samba, como são chamados os fundadores das escolas tradicionais criadas nas décadas de 40 e 50. O nome é uma homenagem do professor Mário Protestato dos Santos (o Popó) a esse grande sambista que, aos 76 anos, recebeu o título de Presidente Imortal da agremiação. Antes de ser batizada como Nenê de Vila Matilde a escola teve dois outros nomes que duraram apenas um dia, 31 de dezembro de 49. Os nomes eram 1º de Janeiro e Unidos do Marapés. Seus fundadores foram seu Nenê , Antônio Alves de Almeida "Tókio", Júlio Francisco, Juvenal Tomaz, Geraldo Albertino, Geraldina Alves de Silva, Benedito Alberto da Silva e também Balbino de Paula Sodré.

Seu Nenê - Alberto Alves da Silva - foi durante toda a vida da escola o seu presidente. Só passou o comando em 1996 para seu filho, Alberto Alves da Silva Filho, em razão da idade, mas continua a desfilar na sua escola. A casa do Seu Nenê fica na mesma rua da quadra e ele é um grande personagem não só do samba paulistano, mas de toda a Zona Leste, a mais populosa da cidade.

Outra data inesquecível para a agremiação, foi em 10 de janeiro de 1970, quando foi batizada pela Portela em sua própria quadra.
A história completa aqui.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Fim de semana


Em São Paulo, neste fim de semana tem ensaios técnicos e nas quadras de todas as escolas.

Hoje à noite no Anhembi tem Tom Maior (20h), Peruche, X-9 Paulistana, Camisa Verde e Branco e Gaviões da Fiel. Como hoje é feriado de aniversário da cidade, os ensaios devem estar lotados!

Amanhã estão marcados ensaios no Sambódromo o dia inteiro: Dragões da Real (12h), Vai-Vai (13h), Vila Maria (16h), Mancha Verde (16h30), Nenê de Vila Matilde (17h), Leandro de Itaquera (18h), Mocidade Alegre (19h), Rosas de Ouro (20h), Camisa Verde e Branco (21h), Pérola Negra (22h).

No domingo também a história se repete.

Duas boas opções de carnaval de rua também:
No domingo tem o Grito de Carnaval, realizado na Vila Madalena, na quadra da Pérola Negra (rua Girassol). As atrações são a feijoada e principalmente o samba de roda de Pirapora do Bom Jesus. É cobrado salgados R$35, que também da direito a uma camiseta.

E no sábado é a vez do Bloco do Ó, da casa de samba Ó do Borogodó. A concentração é às 14h em frente ao Ó (rua Horácio Lane, Pinheiros). Muita marchinha, sambas e frevos.
Foto: Roberto Andrade

Santana de Parnaíba divulga programação de carnaval

Uma das cidades com a folia mais tradicional de São Paulo divulgou esta semana a sua programação.
Já neste sábado, 26, será escolhida a rainha do carnaval parnaibano, com apresentação da Ala Show da escola de samba Gaviões da Fiel, que, este ano, traz o enredo “Nas asas dos Gaviões rumo ao portal dos sertões. Santana de Parnaíba: berço de bandeirantes!” (quanto será que a prefeitura pagou para a Gaviões pelo enredo?).

A apresentação começa às 20h na Praça da Bandeira, no Centro Histórico. Além da eleição da rainha, também serão escolhidas duas princesas.
No domingo, a partir das 15h, o bloco Xodó do Detó desfila pelo Centro.


Mas a abertura oficial do carnaval acontece na sexta-feira, dia 1º. Como em todos os anos, os foliões vão mascarados para a Noite dos Fantasmas. Simultaneamente, o desfile da Gaviões será transmitido em telões. No sábado, 2, outros três blocos animam a cidade. O Galo do Meio Dia (15h), Cabe Mais Um (18h) e Berro da Noite do Sexo Forte (20h).

Nos demais dias segue-se o desfile de blocos e escolas de samba (veja programação abaixo). Destaque para o tradicionalíssimo Alegria dos Koroas, que tem desfile marcado para a segunda-feira, às 17h.


02/02 (sábado)
15h - Bloco “Galo do Meio Dia”
18h - Bloco “Cabe Mais Um”
20h/22h - Bloco “Berro da Noite do Sexo Forte”

03/02 (domingo)
16h - Bloco “Os Picaretas”
19h/22h - Desfile da Escola de Samba “Unidos”

04/02 (segunda)
15h - Bloco “Eu e Você”
17h - Bloco “Alegria dos Koroas”
19h - Bloco “Folia”

05/02 (terça)
14h - Bloco “Praieiros"
16h - Bloco “Me Leva”
19h/22h - Desfile das Escolas de Samba “Unidos” e“Portal da Amizade”

Tudo no Centro Histórico.

Ótimo carnaval para quem gosta de blocos. E para quem não sabe, Santana de Parnaíba fica a poucos quilômetros de Sampa pela rodovia Castelo Branco, próximo a Osasco.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"Samba e Política recomenda". Sambas-enredo RJ 2008

Conforme o prometido, já estão disponíveis aqui ao lado, na seção "Samba e Política Recomenda", os sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro para o carnaval desse ano.
Nas primeiras ouvidas, os que mais me agradaram foram o da Imperatriz, Beija-Flor e Salgueiro.

O primeiro é uma aula de História. Fala sobre a vinda da côrte portuguesa ao Brasil em 1807. O da escola de Nilópolis conta a história do estado de Macapá (provável patrocínio) e o enredo do Salgueiro é o Rio de Janeiro.

Dois intérpretes fazem falta no CD: Jamelão, é claro, e Dominguinhos do Estácio, que saiu da Viradouro por divergências com a diretoria e nesse carnaval será apenas "cantor auxiliar" no carro de som da Vila Isabel.

Aliás, destaque negativo para o samba da Vila, que nasceu da junção de duas outras letras. Por isso, são 10 compositores! O resultado não é digno do enredo interessante "Trabalhadores do Brasil".
Martinho da Vila também não gostou e nem vai desfilar. Preferiu agendar um show em Pernambuco.
Fiquem com os sambas.

Sérgio Cabral: "escolas estão divorciadas do samba"

Sérgio Cabral, não o governador do Rio, mas o jornalista e estudioso do samba, já aos 70 anos, concedeu uma grande entrevista ao "O Dia na Folia".
Entre outras coisas, afirmou que o samba-enredo "deixou de ser samba há muito tempo", que não se distinguem mais os sons de cada instrumento nas baterias, e que "os negros estão sumidos das escolas de samba".

Cabral diz que o samba é tocado de maneira apressada, segundo ele uma maneira paulista. Mas, "hoje as escolas cariocas correm mais do que as paulistas".
Outra parte interessante é quando diz que as escolas estão divorciadas do samba e que o principal motivo é o fim do samba de terreiro. "Sou do tempo em que nos ensaios de escola de samba se tocava samba de terreiro. Só nos dias próximos ao carnaval é que passavam a tocar samba-enredo".

A entrevista completa
aqui.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sambistas X Sambeiras



Continuo aqui a polêmica sobre as modelos rainhas de bateria. Três posts abaixo, Daniel Patrão criticou a invasão das celebridades nas escolas de samba.

Em matéria publicada na seção "O Dia na Folia", do jornal carioca O Dia, Milton Cunha, carnavalesco da São Clemente, definiu as principais diferenças entre as sambistas e as sambeiras. “A diferença começa no psicológico. A sambista compreende a estrutura do samba, sua nobreza, enquanto a sambeira é simplesmente celebridade, se acha estrela, não liga para a velha guarda, nem para a bateria. Mas nem todas as famosas são assim, só as que desconhecem a gangorra que é a Sapucaí”, declarou ele.

Concordo. Nem todos os famosos que participam do carnaval estão lá para se promover. Tome-se como exemplo o ator Edson Celulari, que há anos toca na bateria da Beija Flor.
Segue a definição do Milton Cunha:
SAMBISTA
Samba no pé. Desfila no chão, no carro, em ala ou com camisa de diretoria;
Sabe cantar toda a letra do samba-enredo;
Tem empatia com o público na avenida;
Não faz do cargo de rainha de bateria um negócio;
Só falta aos ensaios da escola quando é inevitável;
É uma foliã nata.
SAMBEIRA
Não samba, nem quer aprender;
Desfila tensa, preocupada com as fotos;
Torna-se rainha de bateria porque é famosa;
Desfila mastigando chiclete para fingir que canta o samba;
Ignora os integrantes da bateria no desfile;
É uma alpinista social.
Fotos:
À esquerda a sambista Quitéria Chagas, rainha do Império Serrano, que continua na escola mesmo no grupo de acesso.
À direita a "sambeira" miss Brasil Natália Guimarães, que desbancou uma cria da escola e agora faz aulas de samba para desfilar à frente da bateria da Vila Isabel.

Nei Lopes homenageado


Recebi de um amigo esta homenagem ao sambista e escritor Nei Lopes.

Aliás, a letra já foi vista inclusive pelo grande Paulão 7 cordas (músico da banda de Zeca Pagodinho), que "achou muito bonita a letra, mas quer ver com mais calma".

A homenagem foi levada às mãos de Paulão por uma amiga do bar samba, na Vila Madalena, onde o autor, Carlos Ferreira, toca aos domingos no grupo Reduto.

Segue a letra:

Bacharel de Irajá
Carlos Ferreira

Um verdadeiro artista
não precisa de fama
e nem bajulação
basta o simples reconhecimento
de sua obra ou canção

o povo que o conhece
através de sua escrita
entende sua mensagem
seja em livros
ou na música propriamente dita

com seu chapéu e
sandália de couro
anda pra lá e pra cá
grande sambista negro
nascido em Irajá

Bacharel
em partido alto
da cultura negra é professor
uma singela homenagem
ao grande Nei Lopes
músico e escritor

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

"Samba e Política recomenda". E você sugere.


A partir de agora está inaugurada aqui do lado direito a seção "Samba e Política recomenda", com músicas que gostamos. Para inaugurar foram colocadas sete faixas do mais novo trabalho do sambista Paulinho da Viola, o DVD Acústico MTV Paulinho da Viola, que ficou muito bom por sinal. Fiquem a vontade para pedir e sugerir músicas para esta seção. Em breve vou postar os sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro. Infelizmente não tenho o samba do meu querido Império Serrano, que este ano disputa o acesso. Caso alguem possua, me mande por favor!
Por enquanto, fiquem com o Paulinho. "Antigamente era Paulo da Portela/agora é Paulinho da Viola", como diz a velha-guarda da azul e branco de Oswaldo Cruz.
Ah. Ouça com atenção Talismã. Parceria recente de Paulinho com Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Paulinho enviou a melodia, e os dois finalizaram a obra.
Foto: Reprodução (ou seja, escaneei a capa do meu DVD)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Carnaval, doce ilusão


Bom texto do Daniel Patrão:
Mais uma vez chega a tão sonhada hora em que toda a comunidade, depois de passar meses costurando fantasias, cantarolando por aí a letra do samba-enredo (até decorá-lo), ajudando a escola na construção do carnaval. As senhorinhas, baianas de profissão, rodam e rodam como se fossem verdadeiras meninas. Descem o morro e, por alguns minutos, viram as pessoas mais importantes do mundo, certo? Errado! Isso é só uma doce ilusão.

Faz um bom tempo que o carnaval, por diversos motivos, deixou de ser da comunidade, deixou de ser do sambista, deixou de ser das velhas-guardas para ser da mídia, dos “gringos” e de quem não entende e não faz nada pelo samba.


Muito me chamou atenção esta matéria feita pela rede Globo e publicada aqui mesmo no blog, onde se fala um pouco sobre o carnaval e sobre o mestre Candeia. Uma das maiores pessoas, negro de pele e coração, que o mundo do samba teve, Candeia lutou como ninguém contra o preconceito, contra a banalização do samba e principalmente contra esse “carnaval” que temos hoje.
Tudo em vão, pois chego à conclusão de que contra interesses pessoais e interesses "Globais", não se pode travar uma batalha limpa.

O carnaval virou um desfile de moda. Ser rainha ou madrinha das baterias virou um cargo de destaque, o melhor jeito de aparecer e de conseguir um ótimo contrato de trabalho, cobiçado por pessoas como Ellen Roche, Sabrina Sato, Viviane Araújo, Sheilas Melo e Carvalho, Grazzi, Luciana Gimenez (Super Pop), Gracyanne Barbosa, entre outras. Que maravilha!! Porém, agora eu pergunto? Cadê as musas da comunidade?

Já com relação aos intérpretes, mais decepção. Enquanto o saudoso Jamelão passou a vida à frente da Estação Primeira, o cantor Belo faz o que quer. Coloca sua mulher como rainha da bateria, tira sua ex-mulher do cargo, representa a escola de samba Mancha Verde, muda de escola, uma verdadeira festa. O que ele não contava é que no encarte do CD de sambas-enredo de São Paulo, a escola Mancha Verde fizesse um pronunciamento onde diz que por falta de respeito e de compromisso com a escola o cantor não foi à gravação do samba, como combinado. Lamentável.

Por fim, as Super Escolas de Samba S.A, a cada ano que passa estão mais distantes da comunidade. Indo aos ensaios podemos perceber nitidamente. Se formos à quadra da Rosas de Ouro então, só para poder entrar é preciso desembolsar R$ 20 reais. Sem falar nos sambas, cada vez mais sem enredo e com uma velocidade de dar inveja em qualquer Schumacher!
Daniel Patrão
Na foto, uma musa da comunidade da Nenê da Vila Matilde
Foto: Marcelo Pereira/Terra

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A história de Candeia. Na Globo!

E quem disse que a Rede Globo não sabe fazer reportagens boas sobre o carnaval e o samba? Sim, são raros momentos como esse, no RJ TV.
Parabéns para quem produziu e ao repórter Marcos Uchoa. Muito bem contada a história e a importância do Candeia.

A eleição em São Paulo

O cenário atual na corrida para a prefeitura de São Paulo é o seguinte.
A ex-prefeita e agora ministra do Turismo, Marta Suplicy, não fala, mas será sim candidata. Ela espera a definição do PSDB e do DEM (ex-PFL) e também um pedido formal do presidente Lula para que ela assuma a missão de voltar ao controle da Capital.

Enquanto isso, assiste de camarote à briga interna dos tucanos. Alguns querem ver mantida a aliança com o DEM e apoiar a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (que não abre mão disso). Outros querem que Geraldo Alckmin dispute. Acreditam que o partido não pode ficar sem candidato na eleição da maior cidade da América do Sul.

Um dos pesos pesados que defende a candidatura Alckmin é o galã-pegador e governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Já FHC seria a favor da aliança com o DEM.
O PT torce para que Kassab e Alckmin sejam candidatos, já que os dois, teoricamente, disputam o mesmo eleitorado e dividiriam os votos, favorecendo Marta Suplicy.
O conservadorismo sempre é forte em São Paulo, mas a volta da ex-prefeita seria fazer justiça ao governo voltado à periferia que ela fez.
Foto: Elza Fiúza/ABr

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A confusão na Mangueira

O Carnaval está para chegar e as notícias sobre a Mangueira não são o samba-enredo, as alegorias e nem as mulatas. A escola não sai das páginas policiais.
A polícia civil do Rio investiga a ligação da agremiação com o tráfico de drogas, depois que descobriu uma possível passagem que liga o camarote ao morro. Ivo Meirelles é um dos que está sendo investigado. Um dos compositores do samba que ganhou para este ano, o Tuchinha, é procurado pela polícia.
A confusão já vem desde a escolha do tema para 2008. O centenário do fundador Cartola parecia ser o tema natural, mas um patrocínio levou a Mangueira a escolher o enredo "100 anos do Frevo, É de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar...".

A madrinha Beth Carvalho, que já estava insatisfeita com a escola desde o ano passado, vai sair pela Viradouro esse ano.

Depois de tudo isso, só o que melhorou foi a rainha da bateria. Ano passado, a escolhida foi Preta Gil. Agora, Belo mexeu os seus pauzinhos e a escolhida foi a sua namorada, Gracyanne Barbosa, que também estará à frente da bateria da Império da Casa Verde em São Paulo.
Foto: Peter Iilicciev/Divulgação

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Peixes fora d'água

Como a gente não fica longe do samba, sábado foi dia de conferir o Quinteto em Branco e Preto mais uma vez no Santa Clara, em Perdizes.
O lugar eu já chego sabendo que vou encontrar pouca gente que realmente gosta do grupo, o melhor de samba do Brasil (portanto, do universo), atualmente. O público lá, em sua maioria, é realmente desinteressado.

Quando um grupo como o Quinteto começa uma temporada em um bar como esse, coisas estranhas começam a acontecer. No sábado, uma patricinha pediu a tradicional "dança do bole-bole", musiquinha deplorável que alguns tocam para ver a mulherada rebolar. O Magno Souza (no pandeiro) disse: "não fazemos, mas temos uma música que se chama 'bole-bole'". Então eles começaram a tocar e esse que está no repique puxou a dança do bole-bole, aquela mesmo, a deplorável. Por sorte, logo em seguida emendaram a tal "música que se chama 'bole-bole'", que tem uns versos malandros.

Deve ser difícil para esses cinco caras talentosos tocar no Santa Clara e ter de ouvir pedidos como esse. Ao mesmo tempo, se forem tocar apenas as suas músicas ou o tradicional samba, a temporada está ameaçada.

O novo do Arlindo

O novo CD do velho Arlindo Cruz, Sambista Perfeito, vale por três boas parcerias do Arlindo com Mauro Diniz, Zeca Pagodinho e com o professor Nei Lopes.

A primeira faixa, Meu Lugar, de Arlindo e Mauro Diniz, é um ode a Madureira. A letra descreve o bairro e toda a paixão que os autores têm pela "terra do samba". Sem dúvida uma composição feita com o coração.

Já com Zeca Pagodinho, Arlindo fez Se eu encontrar com ela, um samba de quadra, gravado com a participação das velhas-guardas da Portela e do Império Serrano, as duas "vizinhas" de Madureira, além do próprio Zeca. Aliás, ainda estou para ver uma composição ruim do Zeca. Quando ele deixa a preguiça e os compromissos publicitários de lado e pega a caneta, sempre sai coisa boa. Se eu encontrar com ela é simples, como deve ser o bom samba.

Em seguida vem a faixa que da nome ao CD. Arlindo e Nei Lopes idealizaram o Sambista Perfeito. Segundo eles, "elegante do jeito Paulinho/cativante do jeito Martinho/malandro e contagiante/do jeito Zeca Pagodinho".

E as outras músicas?

De resto, muita melosidade ou falta de inspiração. A faixa de trabalho (aquela que a gravadora paga para tocar nas rádios), O Que é o amor, tem participação de Maria Rita, mas também tem a Bonus Track com a mesma música na voz apenas do Arlindo, uma enrolação.

As piores são as parcerias com a nova geração: O Brasil é isso aí, com Marcelo D2 e Jr. Dom, Sujeito Enjoado, com Xande de Pilares (grupo Revelação) e Maurição, além da irritante Pára de Paradinha, com Marcelinho Moreira e Fred Camacho (os dois podem ser vistos tocando no DVD Pagode do Arlindo).

A produção foi de Leandro Sapucahy, que já produziu diversos grupinhos de pagode. Por isso, a pegada modista na maioria das músicas. Sapucahy já lançou um trabalho que gosto muito (Cotidiano). Mas eu preferiria se o Prateado continuasse a produzir o Arlindo.