
Os senadores Gilvam Borges (PMDB/AP) e Mário Couto (PSDB/PA) quase trocaram socos durante a sessão de hoje o Senado.
Tudo começou quando o governista Gilvam Borges, correligionário e uma espécie de porta-voz de José Sarney, chamou a oposição de irresponsável e falou que o assunto dos Cartões Corporativos já estava fora de moda. "Se o objetivo é desgastar o Governo ou o próprio Presidente Lula, as pesquisas mostram que quanto mais batem, mais ele cresce. A Oposição raivosa, temperamental, irresponsável, que perde tempo falando de coisas que não atingem diretamente o Governo, deveria reavaliar essas posições.", afirmou.
O tucano Mário Couto, com um jeito teatral que é quase uma mistura de Mão Santa com Almeida Lima, tomou as dores: "Aqui fazemos uma Oposição responsável. Olha como é responsável e veja como falo a verdade. Se essa pesquisa for verdadeira, estamos criando uma nova cultura neste País. Nenhum ato ilícito cometido por este Governo tem qualquer significado, que não dá em nada, 'não pega nada', e o Presidente continua subindo nas pesquisas?"
Gilvam Borges, sabendo que Mário Couto não estará em Brasília amanhã, disse que poderia continuar discutindo o assunto nesta sexta-feira. "Seria bom vossa excelência cancelar sua viagem amanhã. Esse dedo que vossa excelência aponta sempre, essa expressão teatral que utiliza, o espancamento que faz à tribuna sofrida... amanhã estaremos aqui para trabalhar."
Mário Couto se exaltou. "Vossa excelência chamou a oposição de irresponsável. A oposição não é irresponsável. E vossa excelência não vai mais repetir isso."
O presidente da sessão, Álvaro Dias (PSDB/PR), precisou suspender os trabalhos por alguns instantes. Mário Couto desceu da tribuna e, como a TV Senado mostrou, foi para cima de Gilvam Borges, e a turma do "deixa-disso", liderada, vejam só, por Kátia Abreu (DEM/TO) entrou em ação para evitar que os civilizados parlamentares demonstrassem um afeto ainda maior um pelo outro. Que bonito!
Ouça um compacto da briga na página da Jovem Pan (precisa ter Real Player) e repare que Mário Couto grita: "não há deferença (sic) alguma" entre comprar uma tapioca ou roubar um milhão de reais.
Só para lembrar, em uma de suas passagens pelo Senado, Gilvam Borges havia contratado como assessoras sua mulher e sua mãe. Ao explicar as nomeações, respondeu: "Uma me pariu e a outra dorme comigo".
Congresso "classe A" esse nosso, não?
Tudo começou quando o governista Gilvam Borges, correligionário e uma espécie de porta-voz de José Sarney, chamou a oposição de irresponsável e falou que o assunto dos Cartões Corporativos já estava fora de moda. "Se o objetivo é desgastar o Governo ou o próprio Presidente Lula, as pesquisas mostram que quanto mais batem, mais ele cresce. A Oposição raivosa, temperamental, irresponsável, que perde tempo falando de coisas que não atingem diretamente o Governo, deveria reavaliar essas posições.", afirmou.
O tucano Mário Couto, com um jeito teatral que é quase uma mistura de Mão Santa com Almeida Lima, tomou as dores: "Aqui fazemos uma Oposição responsável. Olha como é responsável e veja como falo a verdade. Se essa pesquisa for verdadeira, estamos criando uma nova cultura neste País. Nenhum ato ilícito cometido por este Governo tem qualquer significado, que não dá em nada, 'não pega nada', e o Presidente continua subindo nas pesquisas?"
Gilvam Borges, sabendo que Mário Couto não estará em Brasília amanhã, disse que poderia continuar discutindo o assunto nesta sexta-feira. "Seria bom vossa excelência cancelar sua viagem amanhã. Esse dedo que vossa excelência aponta sempre, essa expressão teatral que utiliza, o espancamento que faz à tribuna sofrida... amanhã estaremos aqui para trabalhar."
Mário Couto se exaltou. "Vossa excelência chamou a oposição de irresponsável. A oposição não é irresponsável. E vossa excelência não vai mais repetir isso."
O presidente da sessão, Álvaro Dias (PSDB/PR), precisou suspender os trabalhos por alguns instantes. Mário Couto desceu da tribuna e, como a TV Senado mostrou, foi para cima de Gilvam Borges, e a turma do "deixa-disso", liderada, vejam só, por Kátia Abreu (DEM/TO) entrou em ação para evitar que os civilizados parlamentares demonstrassem um afeto ainda maior um pelo outro. Que bonito!
Ouça um compacto da briga na página da Jovem Pan (precisa ter Real Player) e repare que Mário Couto grita: "não há deferença (sic) alguma" entre comprar uma tapioca ou roubar um milhão de reais.
Só para lembrar, em uma de suas passagens pelo Senado, Gilvam Borges havia contratado como assessoras sua mulher e sua mãe. Ao explicar as nomeações, respondeu: "Uma me pariu e a outra dorme comigo".
Congresso "classe A" esse nosso, não?
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Um comentário:
Nossa, esse Senado está parecendo a Câmara Municipal aqui de Osasco.
Pior que eu acho legais essas discussões. Trampo legal esse de ficar assistindo a TV Senado.
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