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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Centrais pedem apoio de Lula por redução da jornada

Da Agência Brasil

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, pediu hoje (14) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que participe do abaixo-assinado que as centrais sindicais estão fazendo em favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários.

O pedido foi feito durante a solenidade de assinatura da mensagem presidencial que encaminhou ao Congresso Nacional
duas convenções da OIT sobre direitos trabalhistas. Henrique entregou uma cópia para o presidente assinar, mas Lula apenas leu o documento e entregou a um de seus assessores.

O presidente da CUT disse que a idéia de fazer um abaixo-assinado foi do presidente Lula. Segundo ele, durante uma reunião no Palácio do Planalto, Lula deu um “puxão de orelha” e sugeriu que as centrais sindicais fizessem “uma grande campanha para arrecadar assinaturas pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários”.

Em seu pronunciamento, Lula disse que a iniciativa de propor a redução deve ser das entidades sindicais. “Se fosse apenas uma proposta do governo, iria se transformar em um embate entre o governo e a oposição e muitas vezes o povo ficaria alheio, assistindo aos discursos”, disse.

Lula defendeu que os avanços da modernidade devem significar não apenas um aumento de produtividade ou de rentabilidade, mas também um aumento das horas de lazer do trabalhador.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, também pediu a ajuda de Lula para a proposta. “Eu sei que o senhor não vai assinar, mas pode ajudar muito a reduzir a jornada de trabalho no Brasil”, disse.


Crédito da foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

Um comentário:

Anônimo disse...

A convenção da OIT que trata sobre o fim da demissão imotivada, ou seja, toda demissão só poderá ocorrer por justa causa, causará muita polêmica. Se, por um lado, deverá desagradar aos patrões; por outro, vai acabar com o jeitinho que há de se "demitir" (entre aspas) o empregado, para que ele possa pegar o FGTS e o seguro-desemprego, e os 40% de multa são "negociados" entre as partes, muitas vezes o empregado abrindo mão da mesma para poder pegar o restante mencionado. Com o fim da demissão imotivada isso acaba.